quinta-feira, 30 de julho de 2009

Genesis e seu Rock Progressivo.

Banda britânica de rock progressivo formada em 1967, quando os seus fundadores Peter Gabriel, Mike Rutherford, e Tony Banks ainda estudavam na Charterhouse School. Steve Hackett e Phil Collins juntaram-se ao grupo após terem respondido a anúncios no Melody Maker e realizado audições com sucesso. Alcançaram sucesso considerável nas décadas de 1970, 1980 e 1990.

Com aproximadamente 150 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo, o Genesis é considerado um dos trinta maiores fenômenos de música popular de todos os tempos. A banda é amplamente conhecida por duas fases musicais diferentes. Na fase inicial da carreira, suas estruturas musicais complexas, instrumentação elaborada e apresentações teatrais a tornou uma das bandas mais reverenciadas do rock progressivo na década de 1970. Criações clássicas da banda nesse período incluem a canção de 23 minutos "Supper's Ready", além do álbum conceitual de 1974 The Lamb Lies Down on Broadway. A partir da década de 1980, sua música tomou um caminho distinto em direção ao pop, tornando-os mais acessíveis para a cena musical.

ÚLTIMA FORMAÇÃO:

Tony Banks - teclados, guitarra (12 cordas) e coro (1967 - 1998; 2006)
Mike Rutherford - baixo, guitarra e coro (1967 - 1998; 2006)
Phil Collins - bateria, vocal e coro (1970 - 1996; 2006)
Chester Thompson - bateria (1976 - 1996; 2006)
Daryl Stuermer - guitarra, baixo e coro (1979 - 1996; 2006)

EX-INTEGRANTES:

Peter Gabriel - vocal, flauta e percussão (1967 - 1975)
Steve Hackett - guitarra (1970 - 1977)
Anthony Phillips - guitarra e vozes (1967 - 1970)
Chris Stewart - bateria (1967 - 1968)
Jonathan Silver - bateria (1967 - 1969)
Jonathan Mayhew - bateria, percussão e coro (1970)
Ray Wilson - vocal e guitarra acústica (1997 - 1998)

That´s All - Ao vivo no Estádio de Wembley.



Duo de baterias:

O Leão da Montanha, gente fina...



O Leão da Montanha foi um personagem de desenho animado que apareceu pela primeira vez em 1959 num dos episódios de Pepe Legal, roubando uma ovelha. Depois apareceu num episódio com Bibo Pai & Bobi Filho (Augie Doggie & Doggie Daddy) e também com Olho-Vivo & Faro Fino (Snooper & Blabber) num dos segmentos de The Quick Draw McGraw Show. Pouco tempo depois no dia 30 de janeiro de 1961, Zé Colméia (Yogi Bear) conseguiu ter seu próprio espetáculo e desta forma o Leão da Montanha conseguiu chegar ao estrelato com o seu próprio segmento, juntamente com o segmento do Patinho Duque, dentro de The Yogi Bear Show. O segmento do Leão da Montanha teve 31 episódios de 7 minutos aproximadamente cada.

Muitos críticos ficaram intrigados, desde a sua criação, pelo fato de um Leão da Montanha ter a cor rosa, mas isso foi explicado mais tarde pelos seus criadores que queriam um leão bastante amigável e civilizado e para não ser confundido com uma fera selvagem resolveram mudar sua cor. Uma outra razão era porque o Leão da Montanha havia sido criado com um personagem secundário, mas devido as circunstâncias e também seu sucesso perante o público acabou se tornando uma das principais atrações.

Originalmente a voz do Leão da Montanha foi provido por Daws Butler que se inspirou no ator Bert Lahr, que ficou famoso pela sua intepretação do leão, no filme O Mágico de Oz, uma produção de 1939. Daws Butler era tão bom imitador de Bert e inclusive chegou a fazer um comercial dos Cereais Kelloggs imitando a voz de Bert, que por sua vez acabou processando e o comercial teve que colocar em seus créditos o nome de Daws Butler para ninguém imaginar que a voz era de Bert Lahr. Evidentemente com a dublagem essas características desapareceram, mas Chico Borges deu ao Leão da Montanha uma voz também tão característica, que acabou se tornando um grande sucesso.

O Leão da Montanha também apareceu em caixas de lanche e de camisas. Entre 1962 a 1963 a Gold Key publicou um comic book, mas o personagem nunca chegou a encher os cofres da Hanna-Barbera. O Leão da Montanha também apareceu na cor laranja em alguns episódios posterioress com o nome de Snaggletooth que era o primo do Leão da Montanha (Snagglepuss). Depois do encerramento de The Yogi Bear Show, ele apareceu numa outra série da Hanna-Barbera chamada "Yogi´s Gang" em 1973, também como co-anfitrião em "Scooby´s All-Star Laff-a-Lympics" em 1977 e "Scooby´s All-Star" de 1978.
Esteve presente também em "Yogi´s Treasure Hunt" em 1985 e em "Yo Yogi!" em 1991.

Charmoso, elegante e com muito estilo, morava numa caverna que tentava constantemente tornar a mais agradável possível , mas, independentemente do que fizesse sempre acabaria pior do que quando ele havia começado. Em alguns episódios, o Leão da Montanha era perseguido por um personagem secundário chamado Major Menor (Major Minor), que era um caçador bem baixinho e atrapalhado, que queria a cabeça do leão para expor em sua sala de troféus. As perseguições do Major Menor lembrava muito a de Hortelino Troca-Letras ao Pernalonga, mas isso não representava muito problema para o Leão da Montanha, pois ele era dotado de grande jogo de cintura, um especialista em sair de situações complicadas, ou melhor, sair correndo fugindo da confusão.

Toda vez que o Leão da Montanha se via encurralado, ele colocava os braços e as pernas na posição de quem vai sair correndo e gritava "saída pela esquerda!" ou que também podia ser para a direita, para cima ou para baixo, conforme a circunstância. O personagem também demonstrava grande conhecimento das artes e vivia fazendo citações de William Shakespeare, além de outras tiradas como "Pelas barbas do Profeta", que ia mudando a cada desenho de Profeta para Neturno e assim por diante. No Brasil, os desenhos desse personagem são transmitidos desde a década de 60 e mesmo atualmente ainda são reprisados em alguma emissora, fazendo grande sucesso. A dublagem brasileira pela AIC-São Paulo contou com as vozes de Chico Borges, como Leão da Montanha e Roberto Barreiros como o Major Menor, porém alguns episódios foram novamente redublados na década de 90.

Vozes:

Snagglepuss (Leão da Montanha) - (Daws Butler) (Chico Borges)

Major Minor (Major Menor) - (Don Messick) (Roberto Barreiros)

terça-feira, 28 de julho de 2009

Profeta Gentileza




(José Datrino, 11.04.1917-29.05.1996)

Sua infância

Com mais nove irmãos, José Datrino teve uma infância de muito trabalho, onde lidava diretamente com a terra e com os animais. Para ajudar a família, puxava carroça vendendo lenha nas proximidades. Desde cedo aprendeu a amar, respeitar e agradecer à natureza pela sua infinita bondade. O campo ensinou a José Datrino a amansar burros para o transporte de carga. Tempos depois, como profeta Gentileza, se dizia “amansador dos burros homens da cidade que não tinham esclarecimento”. Desde sua infância José Datrino era possuidor de um comportamento atípico. Por volta dos doze anos de idade, passou a ter premonições sobre sua missão na terra, onde acreditava que um dia, depois de constituir família, filhos e bens, deixaria tudo em prol de sua missão. Este comportamento causou preocupação em seus pais, que chegaram a suspeitar que o filho sofria de algum tipo de loucura, chegando a buscar ajuda em curandeiros espíritas.

No Rio de Janeiro

Aos vinte anos foi para o estado do Rio de Janeiro, enquanto sua família mudava-se para Mirandópolis, também cidade do interior de São Paulo. No Rio de Janeiro, casou com Emi Câmara com quem teve cinco filhos. Começou sua vida de empresário com um pequeno empreendimento na área de transportes, onde fazia fretes para o sustento da família. Aos poucos, o negócio foi crescendo até se tornar uma transportadora de cargas sediada no centro da cidade.

Surge o Profeta Gentileza

No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, quando tinha 44 anos, houve um grande incêndio no circo “Gran Circus Norte-Americano“, o que foi considerado uma das maiores tragédias circenses do mundo. Neste incêndio morreram mais de 500 pessoas, a maioria, crianças. Na antevéspera do natal, seis dias após o acontecimento, José acordou alucinado ouvindo “vozes astrais“, segundo suas próprias palavras, que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar apenas ao mundo espiritual. O Profeta pegou um de seus caminhões e foi para o local do incêndio. Plantou jardim e horta sobre as cinzas do circo em Niterói, local que um dia foi palco de tantas alegrias, mas também de muita tristeza. Aquela foi sua morada por quatro longos anos. Lá, José Datrino incutiu nas pessoas o real sentido das palavras “Agradecido” e “Gentileza”. Foi um consolador voluntário, que confortou os familiares das vítimas da tragédia com suas palavras de bondade. Daquele dia em diante, passou a se chamar “José Agradecido“, ou simplesmente “Profeta Gentileza”.

Após deixar o local que foi denominado “Paraíso Gentileza”, o profeta Gentileza começou a sua jornada como personagem andarilho. A partir de 1970 percorreu toda a cidade. Era visto em ruas, praças, nas barcas da travessia entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza a todos que cruzassem seu caminho. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: – “Sou maluco para te amar e louco para te salvar“.

Os murais

A partir de 1980, escolheu 56 pilastras do Viaduto do Caju que vai do Cemitério do Caju até a Rodoviária Novo Rio, numa extensão de aproximadamente 1,5km. Ele encheu as pilastras do viaduto com inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização. Durante a Eco-92, o Profeta Gentileza colocava-se estrategicamente no lugar por onde passavam os representantes dos povos e incitava-os a viverem a Gentileza e a aplicarem Gentileza em toda a Terra.

Citação: “Gentileza Gera Gentileza”.

Após sua morte

Em 29 de maio de 1996, aos 79 anos, faleceu na cidade de seus familiares, onde se encontra enterrado, no “Cemitério Saudades”.

Com o decorrer dos anos, os murais foram danificados por pichadores, sofreram vandalismo, e mais tarde cobertos com tinta de cor cinza. Com ajuda da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, foi organizado o projeto Rio com Gentileza, que teve como objetivo restaurar os murais das pilastras. Começaram a ser recuperadas em janeiro de 1999. Em maio de 2000, a restauração das inscrições foi concluída e o patrimônio urbano carioca foi preservado.

No final do ano 2000 foi publicado pela EdUFF (Editora da Universidade Federal Fluminense) o livro Brasil: Tempo de Gentileza, do professor Leonardo Guelman. A obra introduz o leitor no “universo” do profeta Gentileza através de sua trajetória, da estilização de seus objetos, de sua caligrafia singular e de todos os 56 painéis criados por ele, além de trazer fatos relacionados ao projeto Rio com Gentileza e descrever as etapas do processo de restauração dos escritos. O livro é ricamente ilustrado com inúmeras fotografias, principalmente do profeta e de seus penduricalhos e painéis. Além de fotos do próprio profeta Gentileza trabalhando junto a algumas pilastras, existem imagens dos escritos antes, durante e após o processo de restauração.

Veja mais em: http://oimpressionista.wordpress.com/museu-virtual-gentileza/

Curiosidades do Futebol

- O Bangu foi campeão carioca em 66, fazendo 52 e dois gols e tomando 8.

- Numa final da Taça Guanabara em um jogo do Mequinha - com apenas 18 torcedores - contra o Botafogo com um público de 110 mil pessoas, vitória do Botafogo na prorrogação por 1 x 0. O tempo normal havia terminado em 2 x 2. Todos os gols do Botafogo foram marcados pelo Paulo César, que depois virou Paulo César Lima e terminou a carreira como Paulo César Caju.

- De 18 de maio 77 a 07 de setembro de 77, Masarópi, goleiro do Vasco ficou sem tomar gols. Foram 1816 minutos. Recorde mundial reconhecido pela FIFA que o homenageou por isso. Naquele ano, o Vasco da Gama foi campeão carioca ganhando os dois turnos. Fez 29 jogos, e tomou apenas 5 gols, sendo que durante todo o segundo turno o time não levou um gol sequer.
A propósito de Vasco da Gama o time tem os três maiores artilheiros do campeonato brasileiro, sendo que Roberto marcou 190 vezes.

Por Henrique Cesar Pinheiro.

- O Orion Futebol Clube foi fundado em outubro de 1929 por jogadores dissidentes do Fortaleza Esporte Clube, liderados pelos irmãos Machado (Moacir, Jandir, Juraci e Caranã). No ano seguinte, conquistou com facilidade o Torneio Início e também o Campeonato Cearense. Neste último, ainda teve o artilheiro da competição: o atacante Zezé, com 11 gols marcados. O título fora obtido no dia 1 de junho de 1930, na vitória do Orion por 2x1 sobre o Ceará Sporting Club, com gols de Juracy e Pirão para o Orion, descontando Farnun para o Ceará.

O Orion foi novamente campeão do Torneio Início em 1931. Entretanto, parte dos jogadores que fundaram o clube foram reincorporados pelo Fortaleza, ocasionando, no ano seguinte, o encerramento das atividades do clube.

Estaduais

Campeonato Cearense: 1930.
Vice-Campeonato Cearense: 1931.
Torneio Início: 2 vezes (1930 e 1931).

Por Alberto de Oliveira

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Uma aula sobre a Jovem Guarda por Ricardo Pugialli

Ricardo Pugialli comenta a história da Jovem Guarda. Essa entrevista faz parte do sitio sobre a Jovem Guarda realizado pelo Itaú Cultural em meio às comemorações dos 50 anos de carreira do Rei Roberto Carlos.

Passional. E daí? Idenilde Araújo Alves da Costa

Alguns "puristas", "intelectuais", "sofisticados" a rejeitam em público. Ouvem-na no entanto, reclusos. Como se se masturbassem.

Pesquisa:

Idenilde Araújo Alves da Costa, conhecida pelo nome artístico de Núbia Lafayete, (Açú-RN, 21 de janeiro de 1937 — Niterói - RJ, 18 de junho de 2007).

Núbia nasceu na verdade na cidadezinha Alto dos Rodrigues próxima a Açú, onde residiu até os três anos, quando a família se mudou para o Rio de Janeiro. Desde criança demonstrou talento para a música apresentando-se em programas infantis aos 8 anos de idade.

A carreira de Idenilde teve início no final da década de 1950, com o nome artístico de Nilde Araújo. Nessa época trabalhava como vendedora nas Lojas Pernambucanas do Rio de Janeiro quando resolveu participar do programa de calouros "A voz de ouro", da TV Tupi, interpretando canções da época. Foi crooner da boite Cave do Rio e estreou cantando músicas consagradas por Dalva de Oliveira.

O nome artístico definitivo de Núbia Lafayete foi adaptado em 1960 por sugestão do compositor Adelino Moreira. Foi este compositor que lhe apresentou à gravadora RCA, com o apoio de Nelson Gonçalves. Nesse ano gravou o seu primeiro disco com o samba-canção "Devolvi", de Adelino Moreira. Este trabalho projetou-a definitivamente como cantora romântica e popular.

O número de cantores que se dizem influenciados por Núbia Lafayette é vasto e inclui nomes como Alcione, Fafá de Belém, Elymar Santos e Tânia Alves.

Núbia continuou a participar de programas especiais em apresentações esporádicas até o fim da sua vida.

Morava em Maricá, no litoral do estado do Rio de Janeiro.

Sofreu um AVC hemorrágico no dia 10 de março de 2007, tendo ficado internada durante 10 dias. No dia 25 de maio do mesmo ano voltou a ser internada no Hospital de Clínicas de Niterói, falecendo em 18 de junho.

Os Grandes Festivais da Música Brasileira

Na década de 60, a Música Popular Brasileira revelou grandes compositores e intérpretes através de festivais de música. Estes festivais significavam resposta à política repressora de um governo ditador, através de linguagens simbólicas presentes nas letras musicais. Em 1968, a canção Prá não dizer que não falei de flores, de autoria de Geraldo Vandré, virou hino da resistência à ditadura e serviu de justificativa para os militares decretarem o AI5. A televisão obteve grande desenvolvimento através da Música Popular Brasileira, por intermédio desses grandes festivais de música da época. Os festivais de música inicialmente surgiram através da extinta TV Excelsior paulista e prosseguiram com a produção da TV Record em seu período de grande audiência. Mas após sofrer vários incêndios em suas instalações, a TV Record não pode continuar com produções de igual qualidade, o que causou uma enorme crise nos festivais de música. Assim, estes grandes festivais passaram a ser produzidos pela TV Rio e prosseguiram até sua extinção nos anos 80, com as suas transmissões geradas pela TV Globo. Confira abaixo, algumas das grandes revelações e canções que ficaram marcadas na história da nossa MPB, frutos de um movimento artístico, cultural e político do país.

FESTIVAL DA TV EXCELSIOR DE SÃO PAULO

I FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
(Guarujá/SP - Abril 1965)

1º Lugar: Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes) - Intérprete: Elis Regina
2º Lugar: Valsa do Amor Que Não Vem (Baden Powell e Vinicius de Moraes) - Intérprete: Elizete Cardoso

FESTIVAL NACIONAL DE MÚSICA POPULAR
(Junho 1966)

1º Lugar: Porta-Estandarte (Geraldo Vandré e Fernando Lona) - Intérpretes: Tuca e Airto Moreira
2º Lugar: Inaê (Vera Brasil e Maricene Costa) - Intérprete: Nilson

FESTIVAIS DA TV RECORD DE SÃO PAULO

II FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
(Teatro Record - Setembro e Outubro/1966)
Prêmio Viola de Ouro

1º Lugar: A Banda (Chico Buarque) - Intérpretes: Chico Buarque e Nara Leão
Disparada (Geraldo Vandré e Teo de Barros) - Intérpretes: Jair Rodrigues, Trio Maraiá e Trio Novo
2º Lugar: De Amor ou Paz (Luís Carlos Paraná e Adauto Santos) - Intérprete: Elza Soares

III FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
"O FESTIVAL DA VIRADA"
(Teatro Paramount - Outubro/1967)
Prêmio Sabiá de Ouro

1º Lugar: Ponteio (Edu Lobo e Capinam) - Intérpretes: Edu Lobo, Marília Medalha e Quarteto Novo
2º Lugar: Domingo no Parque (Gilberto Gil) - Intérpretes: Gilberto Gil e Os Mutantes
3º Lugar: Roda Viva (Chico Buarque) - Intérpretes: Chico Buarque e MPB-4
4º Lugar: Alegria, Alegria (Caetano Veloso) - Intérpretes: Caetano Veloso e Beat Boys

Melhor Intérprete: O Cantador (Dori Caymmi e Nelson Motta) - Intérprete: Elis Regina

Momento Marcante do III Festival de MPB

Beto Bom de Bola (Sérgio Ricardo) - Intérprete: Sérgio Ricardo

IV FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
(Teatro Record - Novembro e Dezembro/1968)
Júri Especial e Júri Popular

1º Lugar (Júri Especial) e 5º lugar (Júri Popular): São, São Paulo Meu Amor (Tom Zé) - Intérprete: Tom Zé
1º Lugar (Júri Popular): Benvinda (Chico Buarque) - Intérprete: Chico Buarque
2º Lugar (Júri Especial) e 2º Lugar (Júri Popular): Memórias de Marta Saré (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri) - Intérpretes: Edu Lobo e Marília Medalha
3º Lugar (Júri Especial): Divino Maravilhoso (Caetano Veloso e Gilberto Gil) - Intérprete: Gal Costa
4º Lugar (Júri Especial): Dois Mil e Um (Rita Lee e Tom Zé) - Intérprete: Os Mutantes

V FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
(Teatro Record - Novembro/1969)

1º Lugar: Sinal Fechado (Paulinho da Viola) - Intérprete: Paulinho da Viola
2º Lugar: Clarisse (Eneida e João Magalhães) - Intérprete: Agnaldo Rayol

FESTIVAL INTERNACIONAL DA CANÇÃO
(Maracanãzinho - Rio de Janeiro)
Prêmio Galo de Ouro (Parte Nacional)

I FIC (TV Rio - Outubro/1966)

1º Lugar: Saveiros (Dori Caymmi e Nelson Motta) - Intérprete: Nana Caymmi
2º Lugar: O Cavaleiro (Tuca e Geraldo Vandré) - Intérprete: Tuca

II FIC (TV Globo - Outubro/l967)

1º Lugar: Margarida (Gutemberg Guarabyra) - Intérprete: Gutemberg Guarabyra e Grupo Manifesto
2º Lugar: Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant) - Intérprete: Milton Nascimento
3º Lugar: Carolina (Chico Buarque) - Intérprete: Cynara e Cybele

III FIC (TV Globo - Setembro/1968)

1º Lugar: Sabiá (Chico Buarque e Tom Jobim) - Intérpretes: Cynara e Cybele
2º Lugar: Prá Não Dizer Que Não Falei de Flores (Geraldo Vandré) - Intérprete: Geraldo Vandré
3º Lugar: Andança (Danilo Caymmi, Edmundo Souto e Paulinho Tapajós - Intérpretes: Beth Carvalho e Golden Boys
* Momento Marcante do III FIC

É Proibido Proibir (Caetano Veloso) - Intérprete: Caetano Veloso

IV FIC (TV Globo - Setembro/1969)

1º Lugar: Cantiga por Luciana (Edmundo Souto e Paulinho Tapajós) - Intérprete: Evinha
2º) Juliana (Antônio Adolfo e Tibério Gaspar) - Intérprete: Brasuca

V FIC (TV Globo - Outubro/1970)

1º Lugar: BR-3 (Antônio Adolfo e Tibério Gaspar) - Intérprete: Tony Tornado e Trio Ternura
2º Lugar: O Amor é o Meu País (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro) - Intérprete: Ivan Lins
8º lugar: Universo no Teu Corpo (Taiguara) - Intérprete: Taiguara

VI FIC (TV Globo - Setembro/1971)

1º Lugar: Kyrie (Paulinho Soares e Marcelo Silva) - Intérprete: Evinha
2º Lugar: Karany Karanuê (José de Assis e Diana Camargo) - Intérprete: Trio Ternura
3º Lugar: Desacato (Antônio Carlos e Jocafi) - Intérpretes: Antônio Carlos e Jocafi
VII FIC (TV Globo - Setembro/1972)

1º Lugar: Fio Maravilha (Jorge Ben) - Intérprete: Maria Alcina
2º Lugar: Diálogo (Baden Powell e Paulo César Pinheiro) - Intérpretes: Tobias e Cláudia Regina
Prêmio Especial: Cabeça (Walter Franco) - Intérprete: Walter Franco
* Participante do VII FIC

Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua (Sérgio Sampaio) - Intérprete: Sérgio Sampaio

FESTIVAL ABERTURA
(TV Globo - Fevereiro/1975)

1º Lugar: Como Um Ladrão (Carlinhos Vergueiro) - Intérprete: Carlinhos Vergueiro
Prêmio Melhor Trabalho de Pesquisa: Vou Danado Prá Catende (Alceu Valença) - Intérprete: Alceu Valença

* Participante do Festival Abertura

Ébano (Luiz Melodia) - Intérprete: Luiz Melodia

FESTIVAL DE MPB (TV Tupi/1979)

1º Lugar: Quem me Levará Sou Eu (Manduka e Dominguinhos) - intérprete: Fagner
2º Lugar: Canalha (Walter Franco) - Intérprete: Walter Franco
3º Lugar: Bandolins (Oswaldo Montenegro) - Intérprete: Oswaldo Montenegro

* Participantes do Festival de MPB/1979
Para Lennon & McCartney (Márcio Borges, Lô Borges e Fernando Brandt) - Intérprete: Simone

Palco (Gilberto Gil) - Intérprete: A Cor do Som

MPB SHELL (TV Globo/1980)

1º Lugar: Agonia (Mongol) - Intérprete: Oswaldo Montenegro
2º Lugar: Foi Deus que Fez Você (Luiz Ramalho) - Intérprete: Amelinha

Melhor Intérprete: Porto Solidão (Zeca Bahia e Ginko) - Intérprete: Jessé

* Participantes do MPB SHELL/80

Demônio Colorido (Sandra Sá) - Intérprete: Sandra Sá

Nostradamus (Eduardo Dusek) - Intérprete: Eduardo Dusek

Mais Uma Boca (Fátima Guedes) - Intérprete: Fátima Guedes

Essa Tal Criatura (Leci Brandão) - Intérprete: Leci Brandão

MPB SHELL (TV Globo/1981)

1º Lugar: Purpurina (Jerônimo Jardim) - Intérprete: Lucinha Lins
2º Lugar: Planeta Água (Guilherme Arantes) - Intérprete: Guilherme Arantes

MPB SHELL (TV Globo/1982)
1º Lugar: Pelo Amor de Deus (Paulo Debétio e Paulinho Rezende) - Intérprete: Emílio Santiago

Participantes do MPB SHELL/82

Dona (Sá e Guarabyra) - Intérpretes: Sá e Guarabyra

FESTIVAL DOS FESTIVAIS (TV Globo/1985)

1º Lugar: Escrito nas Estrelas (Arnaldo Black e Carlos Rennó) - Intérprete: Tetê Espíndola

2ºLugar: Verde (Eduardo Gudin e José Carlos Costa Netto) - Intérprete: Leila Pinheiro

Zé Buscapé, o Herói Indisposto

Zé Buscapé, desenho animado produzido por Hanna-Barbera. 1965 - 1967.

Uma família de ursos caipiras muito engraçada, tem 4 membros: O pai Zé Buscapé, a mãe Bié Buscapé e os filhos Florzinha e Chapèuzinho.

Zé Buscapé, resmungão bem ao estilo Zeca Tatú, passa a maior parte do tempo deitado em uma rede cochilando, enquanto Bié, sua esposa, sempre reclama da preguiça de seu marido e sempre o acorda as berros: " Vamos lá Zé! Vamos homem, acorde!" Seu grande fã é o filho Chapèuzinho.

Sua fala não é lá muito inteligível principalmente ao desculpar-se à implacável Dona Bié.

Dubladores Originais:
Henry Colden...Zé Buscapé;
Jean Vander Pyl... Bié Buscapé e Florzinha;
Don Messick... Chapéuzinho.

Dubladores Brasileiros:

Pietro Mário... Zé Buscapé;
Glória Landany... Bié Buscapé;
Miriam Thereza... Florzinha;
Carmen Sheila... Chapéuzinho.

sábado, 11 de julho de 2009

Um artista amado de verdade por quem o acompanhou...



George Harold Harrison

George Harrison nasceu em 25 de fevereiro de 1943 em Liverpool, Inglaterra. Harold, o pai, era motorista de ônibus e membro ativo do sindicato de sua categoria e Louise, a mãe, era dona de casa. Sua família tinha origem irlandesa já que seus avós maternos vieram de Wexford. Durante sua infância ele viveu em uma casa localizada na 12 Arnold Grove, no bairro de Wavertree, Liverpool. Em 1950 a família se mudou para 25 Upton Green, em Speke. George tinha ainda dois irmãos e uma irmã (Peter, Harry e Louise).

Aos 11 anos, após passar em um exame, George começou a freqüentar o Liverpool Institute for Boys (atual, Liverpool Institute for Performing Arts), onde ele conheceu Paul McCartney. Harrison e McCartney não só estudavam na mesma a escola como também moravam no mesmo bairro, em Speke, e freqüentemente pegavam o mesmo ônibus para ir à escola.

George comprou sua primeira guitarra aos 12 anos, uma Egmond, por 3 libras e 10 shillings. Pouco depois comprou sua primeira guitarra decente, uma Hofner President e formou um grupo de skiffle chamado The Rebels com seu irmão Peter e um amigo, Arthur Kelly[1]. Quando Paul McCartney descobriu que George tocava guitarra, convidou-o para ver a banda da qual ele fazia parte. Em 1958, Paul apresentou George a John Lennon que acabou o aceitando na banda Quarrymen, que se tornaria posteriormente The Beatles.

Após trajetória marcante dentro e fora dos Beatles, Harrison contraiu um câncer que ele próprio atribuiu ao tabagismo. Faleceu em 29 de novembro de 2001 em Los Angeles.

Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes

Carreira

Durante sua infância no Ceará foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou música coral e piano com Acaci Halley. Foi programador de rádio em Sobral, e em Fortaleza começou a dedicar-se à música, após abandonar o curso de medicina. Ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos, como Fagner, Ednardo, Rodger Rogério, Teti, Cirino entre outros, conhecidos como o Pessoal do Ceará.

De 1965 a 1970 apresentou-se em festivais de música no Nordeste. Em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro, venceu o IV Festival Universitário da MPB, com a canção Na Hora do Almoço, cantada por Jorge Melo e Jorge Teles, com a qual estreou como cantor em disco, um compacto da etiqueta Copacabana. Em São Paulo, para onde se mudou, compôs canções para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar individualmente e às vezes com o grupo do Ceará.

Em 1972 Elis Regina gravou sua composição Mucuripe (com Fagner). Atuando em escolas, teatros, hospitais, penitenciárias, fábricas e televisão, gravou seu primeiro LP em 1974, na Chantecler. O segundo, Alucinação (Polygram, 1976), consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como Velha roupa colorida, Como nossos pais (depois regravadas por Elis Regina) e Apenas um rapaz latino-americano. Outros êxitos incluem Paralelas (lançada por Vanusa), Galos, noites e quintais (regravada por Jair Rodrigues) e Comentário a respeito de John (homenagem a John Lennon) gravada por ele e pela cantora Bianca. Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora, Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati. Sua discografia inclui Um show – dez anos de sucesso (1986, Continental) e Vicio elegante (1996, GPA/Velas), com regravações de sucessos de outros compositores.

Discografia

1974 - A Palo Seco (Continental - LP)
1976 - Alucinação (Polygram - LP/CD/K7)
1977 - Coração Selvagem (Warner - LP/CD/K7)
1978 - Todos os Sentidos (Warner - LP/CD/K7)
1979 - Era uma Vez um Homem e Seu Tempo/Medo de Avião (Warner - LP/CD/K7)
1980 - Objeto Direto (Warner - LP)
1982 - Paraíso (Warner - LP)
1984 - Cenas do Próximo Capítulo (Paraíso/Odeon - LP)
1987 - Melodrama (Polygram - LP/K7)
1988 - Elogio da Loucura (Polygram - LP/K7)
1993 - Belchior em Espanhol com Eduardo Larbanois e Mario Carrero (Eldorado/Movie Play - CD)
1993 - Bahiuno (MoviePlay - CD)
1996 - Vício Elegante (Paraíso/GPA/Velas - CD)
1999 - Auto-Retrato (BMG - CD)
2008 - "Belchior Sempre"

Curiosidades

-Uma das canções mais conhecidas de Raimundo Fagner, "Canteiros", possui trechos da canção de Belchior "Na Hora do Almoço". Em alguns shows, ao cantar essa música, Fagner também canta trechos de Águas de Março, de Tom Jobim.
-A Gravadora Continental, aproveitando o Sucesso de Belchior e também de Fagner, que não tinham mais contrato com a gravadora, juntou as melhores faixas dos discos Ave Noturna de Fagner, e A Palo Seco de Belchior, e lançou uma compilação com o título de Juntos - Fagner e Belchior.
-Belchior é o compositor de um dos maiores sucessos da cantora Elis Regina, "Como Nossos Pais", lançada anteriormente por ele em 1976.
-O grupo Mamonas Assassinas fez uma espécie de homenagem imitando-o na canção "Uma Arlinda Mulher".
-O cantor Falcão satiriza um trecho da música "Divina comédia humana" em "As bonitas que me perdoem, mas a feiúra é de lascar" onde ele diz "Um analista amigo meu me disse que desse jeito não vou viver satisfeito".

Fonte: Wikipedia.

Acrescento: Há referências muito frequentes aos Beatles e a Bob Dylan na obra desse artista que considero genial. " Nossos ídolos ainda são os mesmos...", A felicidade é uma arma quente.. e por aí vai.

Cearense cidadão do mundo, Maestro Eleazar de Carvalho.


A música erudita no Brasil deve muito a Eleazar de Carvalho. Durante mais de 50 anos seu nome e seu vigor, físico e intelectual, orientaram músicos, orquestras e instituições culturais. Esteve presente em tudo que de importante foi feito no Brasil na área musical neste período. Além do Brasil – que nunca abandonou – teve a mais brilhante carreira internacional que um maestro pode almejar. Regeu as principais orquestras do mundo e ensinou em grandes escolas americanas. Mas sempre voltou. Dizia: “o meu lugar é aqui!”

Nascido em Iguatu, interior do Ceará em 1912, filho de uma descendente de índios tabajaras e de um capitão do exército e pastor presbiteriano, Eleazar de Carvalho dizia que devido aos seu gênio ’inquieto´ seu pai o mandara, aos 11 anos de idade, para a Marinha, o que na época equivalia a uma escola correcional. Foi na banda da escola que a sua ligação com a música começou. “Observei que a comida servida às crianças que tocavam na banda era melhor. Apresentei-me embora não tocasse qualquer instrumento. Sou músico por gulodice...”
Tocou tuba em diversas corporações da Marinha. Em 1928, já no Rio de Janeiro, estudava solfejo e harmonia e participava da Banda dos Fuzileiros Navais. No ano seguinte, fez concurso para a Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Para prestar o concurso teve que sair da Marinha e perder todos os direitos adquiridos. Passou a tocar na orquestra e segundo ele “em quase todos os bailes”. Fazia parte do American Jazz, com Almirante, Donga e Pixinguinha e estudava regência com Francisco Mignone na Escola de Música do Rio de Janeiro. Terminado o curso compôs a ópera O Descobrimento do Brasil que estreou no Municipal do Rio em 11 de junho de 1939, regida pelo autor.
Era o início de uma carreira.

Fundação da Orquestra Sinfônica Brasileira

Nesta época, a visita de Toscanini ao Brasil com a Orquestra da NBC, entusiasmou os professores da Escola de Música do Rio de Janeiro. Eleazar e alguns companheiros arregimentaram músicos nas escolas do Rio, que estava repleta de bons profissionais refugiados da guerra. Assim, foi formada a Orquestra Sinfônica Brasileira regida pelo húngaro Szenkar e tendo Eleazar de Carvalho como assistente.

América

“Desde 45, a idéia de ir para os Estados Unidos me dominava. E em 46, ao ser apresentado ao Ministro João Alberto que me ofereceu a possibilidade de ser apresentado na América, percebi que havia chegado a hora.”

O Maestro chegou aos Estados Unidos disposto a reger uma das 3 grandes orquestras americanas: Boston, Filadélfia ou Nova York . Foi recebido com o maior ceticismo e chamado de maluco. Depois de bater em muitas portas, finalmente recebeu um convite para reger no Carnegie Hall, mas, dizia o maestro, era um convite e uma maldição. “Na frente do prédio iria a minha foto vestido de índio! Não aceito, respondi desapontado. E acrescentei: há muito tempo não visto tanga.”

Difícil de dobrar procurou em seguida ninguém menos que Eugene Ormandy, regente da Philadelphia Symphony Orchestra. Recebeu um conselho – Vá para o Arizona. Você precisará de 15 ou 20 anos para chegar aqui!

Mas Eleazar de Carvalho não estava disposto a esperar tanto. Informado que Sergei Koussewitzky - um dos maiores nomes da música - era diretor de uma escola de regentes e estava ministrando cursos naquele momento em Tanglewood, decidiu procurá-lo. No entanto, os cursos já estavam em andamento e o maestro não recebia ninguém. “A minha vontade era tanta que usei de um estratagema. Afirmei que trazia uma mensagem do presidente do Brasil e que esta deveria ser entregue ao mestre. Fui recebido. – E a mensagem? Perguntou Koussewitzky. – É verbal, senhor. E apesar da reação de surpresa, continuei. – Peço-lhe cinco minutos à frente da orquestra. Se julgar que não tenho qualquer possibilidade, voltarei e viverei da caça e da pesca no meu país” . Aceito, Eleazar teve em Koussewitzky o mestre que marcou sua vida e sua carreira.
Em 1947, tornou-se assistente de Koussewitzky junto com Leonard Bernstein e regeu pela primeira vez a Sinfônica de Boston apenas um ano após ter chegado aos Estados Unidos. Desta experiência Eleazar guardava uma lembrança:

“ Confesso que não consegui me calar. Enviei a Ormandy uma cópia do meu contrato e dois ingressos acompanhados de um cartão meu onde escrevi: Veja onde já estou!” De Boston foi para Chicago e Nova York e meses depois foi chamado para substituir Charles Munch que adoecera e pode assim reger a Philadelphia Symphony Orchestra, a orquestra de Ormandy. Em 1951, um ano após a morte de Koussewitzky, assumiu a cátedra de Regência do Berkshire Music Center que dirigiu durante 16 anos. Neste período, assumiu a direção da Saint Louis Symphony Orchestra que dirigiu por 10 anos e onde regeu mais de 1000 concertos. Já consagrado como maestro, dirigiu a Pro Arte Symphony Orchestra em Nova York de 68 a 73.

Como professor percorreu as principais instituições americanas. Lecionou regência na Washington University, Hofstra University, Tampa University, Juilliard School of Music e foi também professor por vários anos da Yale University, onde recebeu o título de Professor Emeritus. Muitos dos seus alunos dirigem grandes orquestras pelo mundo, entre eles, Claudio Abbado, Zubin Metha, Seiji Osawa, Gustav Meier, David Wooldbridge, Harold Faberman e Charles Dutoit.

OSESP, uma paixão

Nos quarenta anos seguintes Eleazar de Carvalho esteve à frente das principais orquestras do mundo. As Filarmônicas de Berlim e de Viena e praticamente todas as grandes orquestras européias foram regidas por ele em programas que em geral incluem peças brasileiras, principalmente de Villa Lobos. Dirigiu durante seis semanas a Filarmônica de Israel em sua primeira excursão aos Estados Unidos.

Mas o seu principal compromisso sempre foi a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Fundada em 1954 e logo desativada a OSESP só ganhou vida a partir de junho de 1973 reorganizada por Eleazar de Carvalho. A frente da sua orquestra, que dirigiu até morrer, o maestro dedicou o melhor dos seus esforços. O desafio de criar em São Paulo uma orquestra do mesmo nível das orquestras internacionais que dirigira sempre foi o seu objetivo. Apesar dos seus esforços nem sempre obteve o apoio necessário e a OSESP muitas vezes tocou em espaços improvisados e sem as melhores condições. No final de sua vida quando as forças já lhe faltavam teve ainda energia suficiente para traçar as diretrizes da restruturação da OSESP e reger o primeiro concerto da orquestra na Estação Júlio Prestes. Não pode realizar o sonho de ver a orquestra numa sala à sua altura. Deu, porém, os passos decisivos para que isto acontecesse.

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Sala São Paulo e a música erudita no Brasil muito devem a Eleazar de Carvalho. E ele não será esquecido. Eleazar de Carvalho faleceu em 12 de setembro de 1996 em São Paulo.

Fonte: Fundação Eleazar de Carvalho.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

100 ANOS DE MESTRE VITALINO

A revista americana Time publicou na edição de 1º de fevereiro de 1963 a notícia da morte de um importante artista plástico brasileiro. O artista era o pernambucano Vitalino Pereira dos Santos, conhecido no Brasil como Mestre Vitalino, o homem que dava vida ao barro. Nesta sexta-feira, Pernambuco e todo o país lembram os cem anos de nascimento do artista. Em São Paulo, considerada a maior cidade nordestina do país, estão programados shows para o Centro de Centro de Tradições Nordestinas, neste domingo. A Banda de Pífanos de Caruaru se apresenta ao lado de Valdeck de Garanhuns, seu Jorge do Rastapé e a quadrilha Asa Branca.


Pernambuco também comemora a data com uma série de homenagens aquele que foi o primeiro artesão do estado a imortalizar no barro os tipos populares do Nordeste: as bandinhas de pífano, os caçadores, os emigrantes, os vaqueiros. Ele viveu no Alto do Moura, no município de Caruaru, a 130 quilômetros de Recife e deixou uma multidão de discípulos que fazem hoje do manipular o barro o seu meio de vida. Calcula-se que só em Caruaru 500 pessoas vivem desse tipo de artesanato.

No Alto do Moura está a casa museu onde Vitalino viveu e onde seus filhos dão continuidade ao seu ofício. É lá que acontecem as principais comemorações para lembrar o Mestre, que era também um tocador de pífano - o pife, como dizem os nordestinos da caatinga. Vitalino ganha selo dos correios e também ganha a Medalha comemorativa do centenário, instituída pela Casa da Nieda do Brasil. Além disso, no Alto do Moura, desfilam 26 grupos folclóricos. Para assinalar a data, ainda, Caruaru estendeu seus festejos juninos até esta sexta.

O artista também ganha estátua em frente à casa onde residiu e os moradores de Caruaru verão de graça o espetáculo "As Sete Luas de Barro", que conta a trajetória de Vitalino para a fama e os choques culturais que enfrentou ao viajar para cidades grandes como o Rio de Janeiro. Em Recife, a Feira Nacional de Negócios do Artesanato também presta homenagem ao Mestre e para divulgá-la, o Governo de Pernambuco colocou estátuas gigantes dos bonecos do mestre nas principais vias da Cidade. A décima edição da Fenearte se encerra nesse final de semana.


Mestre Vitalino nasceu no dia 10 de julho de 1909, na zona rural de Caruaru e morreu de varíola, aos 54 anos.Na cidade, coleções de obras do mestre estão em exposição permanente no museu do barro e no de arte popular. Neste ano do centenário, foram montadas ainda duas mostras de fotografias, uma com recriações de casas de barro, e outra no Recife, com fotos de Vitalino feitas pelo francês Pierre Verger, em 1947.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Cordel - O Ruido do Silêncio

Os massacres de inocentes
Que abalam nações do mundo,
Mas calam grandes potências.
Tráfico de droga imundo.
Exploração sexual
Tudo coisa do submundo

Que a todos nós afeta.
Crianças perdem a infância
Guerras, trabalhos forçados,
Governos dão concordância.
O racismo que alimenta
Nossa vil intolerância.

Nossa omissão, por medo,
A violência alimenta.
Os povos sofrem conseqüências
Que a cada dia aumenta
E o ruído do silêncio,
Resta-nos esta tormenta.


HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO
FORTALEZA, JULHO/2009.

A musa Nara


Talvez o experiente cantor Patrício Teixeira nunca tenha imaginado que, ao ser contratado para dar aulas de violão à filha caçula do casal capixaba Jairo e Altina Leão, estaria iniciando a formação musical de uma das mais virtuosas cantoras do Brasil. Difícil deduzir que a tímida Nara Loffego Leão, então com 12 anos, estava destinada a registrar seu nome na história da MPB como a intérprete que abriu caminhos para Chico Buarque, Martinho da Vila, Edu Lobo, Paulinho da Viola e Fagner, entre outros, e, é claro, como a eterna musa da Bossa Nova.

O título que a acompanhou por toda vida foi adquirido nos tempos em que o apartamento dos seus pais na Av. Atlântica era o ponto de encontro dos meninos que criavam "sambas modernos". Nara entregou-se de corpo, alma - e joelhos! - a iniciante Bossa Nova, mas surpreendeu ao interpretar sambistas esquecidos no seu disco de estréia. No segundo trabalho, apostou tudo nas canções de protesto. A partir daí, popularizou-se como a mulher corajosa, diva do Show Opinião e ícone da juventude brasileira engajada contra a ditadura nos anos 60. E, não satisfeita, ainda teve tempo de participar do divino Tropicalismo de Caetano e Gil!

Resgatou compositores como Zé Keti, João do Vale e outros.

Após passar três anos em Paris, refugiou-se dos holofotes. Cuidou de sua vida particular, estudou Psicologia na PUC, e só voltou pra valer à carreira quando se viu doente e sem possibilidades de estudar.

Nos últimos anos, levou ao mundo a Bossa Nova em sua voz doce e emocionada. Quando morreu, na manhã de 7 de junho de 1989, deixou pronto um disco de versões dos clássicos americanos que embalaram sua adolescência nos musicais exibidos pelo Cinema Metro Copacabana. A capricorniana nascida em 19 de janeiro de 1942 em Vitória, ES, nos deixou aos 47 anos com marca registrada de seu signo: o retorno à juventude, fechando o ciclo da vida.


Manhã de carnaval(Luís Bonfá e Antônio Maria)

Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás
Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábios teus

Canta o meu coração
Alegria voltou
Tão feliz a manhã
Deste amor

terça-feira, 7 de julho de 2009

Elizabeth Taylor - Michael Jackson

A atriz Elizabeth Taylor assegurou nesta segunda-feira (6), na internet, que não está disposta a participar da homenagem pública a seu amigo íntimo Michael Jackson, por considerar o evento um "circo".

"Me pediram que falasse no Staples Center. Não posso ser parte de um circo público. E não posso garantir que diria algo coerente", afirmou a artista, que era muito próxima ao "rei do pop".



"Não acho que Michael quisesse que compartilhasse minha dor com milhões de pessoas. Como me sinto, é algo entre nós, não um evento público. Disse que não iria ao Staples Center e certamente não quero chegar a fazer parte de isso. Amava-o demais", disse Elizabeth Taylor, de 77 anos.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Cearense, cidadão do mundo, Patativa do Assaré

Trailer do filme Patativa do Assaré - Ave Poesia de Rosemberg Cariry



O BURRO.


Vai ele a trote, pelo chão da serra,
Com a vista espantada e penetrante,
E ninguém nota em seu marchar volante,
A estupidez que este animal encerra.

Muitas vezes, manhoso, ele se emperra,
Sem dar uma passada para diante,
Outras vezes, pinota, revoltante,
E sacode o seu dono sobre a terra.

Mas contudo! Este bruto sem noção,
Que é capaz de fazer uma traição,
A quem quer que lhe venha na defesa,

É mais manso e tem mais inteligência
Do que o sábio que trata de ciência
E não crê no Senhor da Natureza.

Patativa do Assaré. - Assaré, 05 de março de 1909 - 08 de julho de 2002.

Uma das principais figuras da poesia nordestina do século XX. Segundo filho de uma família pobre que vivia da agricultura de subsistência, cedo ficou cego de um olho por causa de uma doença. Com a morte de seu pai, quando tinha nove anos de idade, passa a ajudar sua família no cultivo das terras. Aos doze anos, freqüenta a escola local, em que é alfabetizado, por apenas alguns meses. À partir dessa época, começa a fazer repentes e a se apresentar em festas e ocasiões importantes. Por volta dos vinte anos recebe o pseudônimo de Patativa, por ser sua poesia comparável à beleza do canto dessa ave.

Indo constantemente à Feira do Crato onde participava do programa da rádio Araripe, declamando seus poemas. Numa destas ocasiões é ouvido por José Arraes de Alencar que, convencido de seu potencial, lhe dá o apoio e o incentivo para a publicação de seu primeiro livro, Inspiração Nordestina, de 1956.


Este livro teria uma segunda edição com acréscimos em 1967, passando a se chamar Cantos do Patativa. Em 1970 é lançada nova coletânea de poemas, Patativa do Assaré: novos poemas comentados, e em 1978 foi lançado Cante lá que eu canto cá. Os outros dois livros, Ispinho e Fulô e Aqui tem coisa, foram lançados respectivamente nos anos de 1988 e 1994. Foi casado com Belinha, com quem teve nove filhos. Faleceu na mesma cidade onde nasceu.

Obteve popularidade em nível nacional, possuindo diversas premiações, títulos e homenagens (tendo sido nomeado por cinco vezes Doutor Honoris Causa). No entanto, afirmava nunca ter buscado a fama, bem como nunca ter tido a intenção de fazer profissão de seus versos. Patativa nunca deixou de ser agricultor e de morar na mesma região onde se criou (Cariri) no interior do Ceará. Seu trabalho se distingue pela marcante característica da oralidade. Seus poemas eram feitos e guardados na memória, para depois serem recitados. Daí o impressionante poder de memória de Patativa, capaz de recitar qualquer um de seus poemas, mesmo após os noventa anos de idade.

A transcrição de sua obra para os meios gráficos perde boa parte da significação expressa por meios não-verbais (voz, entonação, pausas, ritmo, pigarro e a linguagem corporal através de expressões faciais, gestos) que realçam características expressas somente no ato performático (como ironia, veemência, hesitação etc). A complexidade da obra de Patativa é evidente também pela sua capacidade de criar versos tanto nos moldes camonianos (inclusive sonetos na forma clássica), como poesia de rima e métrica populares (por exemplo, a décima e a sextilha nordestina). Ele próprio diferenciava seus versos feitos em linguagem culta daqueles em linguagem do dia-a-dia (denominada por ele de poesia "matuta").

Patativa transitava entre ambos os campos com uma facilidade camaleônica e capacidade criadora e intelectual ainda não totalmente compreendidas pelo meio acadêmico. Sua obra, de dimensão tanto estética quanto política, aborda diferentes temas e possui outras vertentes além da social/militante; como a telúrica, religiosa, filosófica, lírica, humorística/irônica, motes/glosas, entre outras. As múltiplas tentativas de categorização da obra de Patativa do Assaré (muitas vezes subjetivas e sem base teórica) expõem falhas inerentes dos próprios parâmetros de julgamento.

Estes, na maior parte, baseados em pressuposições e preconceitos que levam a dois extremos: a representação idealizada do mito, a exclusão pela classe social, nível de escolaridade etc.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Cearense "São Jorge Helder".


Cearense radicado no Rio, Jorge Helder começou a estudar violão aos nove anos por influência do seu pai, músico não profissional que tocava bandolim e violão. A opção pelo baixo aconteceu na adolescência, em Fortaleza, por imposição de colegas do conjunto do colégio em que estudava na época. “Eu tocava violão e guitarra e não tinha baixista. Como eu era o mais franzino, me mandaram tocar baixo e acabei gostando”, conta.

Foi na Escola de Música de Brasília que Helder conheceu o baixo acústico e ficou encantado com o instrumento. “Eu cheguei em Brasília, fui direto na Escola de Música e, por ser muito baixinho, o pessoal brincava: tem que colocar ele num banquinho para ele poder tocar baixo acústico”, relembra. Nesse mesmo período, ouviu discos da coleção Gigantes do Jazz e Bill Evans Trio, com Eddie Gomes e, apesar de estudar baixo acústico erudito, com arco, foi influenciado pelo estilo e passou a se apresentar na noite brasiliense com um pianista fazendo duo de jazz.

Também em Brasília, Helder foi convidado pelo produtor da cantora Sandra de Sá para integrar a banda que a acompanharia em um novo show. Logo que chegou ao Rio, um amigo, o baixista Adriano Giffoni, o apresentou ao cantor e compositor Marcos Valle, com quem fez vários trabalhos. Durante um bom tempo, dedicou-se à dobradinha das bandas de Sandra de Sá e Marcos Valle. A partir daí, morando definitivamente no Rio, foi conhecendo outros músicos e, por indicações e convites, passou a trabalhar com os maiores nomes da MPB.

Bolero Blues

Apesar das freqüentes participações no cenário internacional de música – gravou um CD do cantor francês Henry Salvador e tocou com a Orquestra Sinfônica de Hannover, na Alemanha - Jorge Helder consolidou a sua carreira trabalhando em shows e gravações de CDs e DVDs de cantores brasileiros como Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Edu Lobo, Francis Hime, Rosa Passos, Joyce, Maria Bethânia, Gal Costa, João Bosco, João Donato, Ivan Lins, Emílio Santiago, Cássia Eller, Leila Pinheiro, Milton Nascimento, Adriana Calcanhotto, Zélia Duncan, Ed Motta, Miúcha, Joyce, Zizi Possi, Fátima Guedes, Guinga, principalmente Chico Buarque entre outros. São mais de 1500 gravações só no Brasil.

No CD/DVD Carioca, foi presenteado pelo amigo Chico Buarque, com quem também colabora em shows e CDs, com a letra Bolero Blues para uma música sua. Após Bolero Blues, em que Jorge Helder é focado, o compositor conta uma longa e divertida história. Ele (Chico)teria demorado a assimilar a complexa melodia e também teve dificuldade para se acostumar com a letra trava-Iíngua que fez.

"Mas, hoje, essa é a que mais gosto no disco", diz o compositor, para em seguida, contar que sonhara com um show no qual Bolero Blues era a única música, repetida infinitas vezes: “Chegou a um ponto em que o público aplaudia lá nos primeiros acordes de meu violão!”. Chico costuma chamá-lo de "São Jorge Helder", compadre.

Veja no vídeo, a surpresa e emoção de Helder ao saber que Chico Buarque havia escrito a letra para sua música.

Chico Buarque - Bolero Blues (Carioca Ao Vivo)

Aldir Blanc


A mistura mineiro/carioca de João Bosco e Aldir Blanc foi, com certeza, uma das mais bem sucedidas parcerias da MPB. Lançados por Elis Regina, na década de 70, o engenheiro João e o Psiquiatra Aldir formaram uma dupla imbatível de repórteres de uma época.
João tentou Vinícius, mas a parceria não decolou. Aldir compôs com Ivan Lins e Gonzaguinha - mas a cadência não batia. Apresentados por um amigo comum, encontraram, finalmente a combinação perfeita. Nessa época, João Bosco estava passando férias no Rio. Como ainda estavam estudando, a parceria foi montada por correspondência - Aldir mandava as letras para Ouro Preto (onde João fazia sua faculdade de engenharia) e, nas férias, juntavam-se para cantar, jogar sinuca e compor.

Até que um dia Aldir mandou a letra de Agnus Sei. E a parceria se consolidou, com uma gravação, prêmio de um pasquim carioca. O Brasil ouviu, e Elis gravou em 72.

A genialidade da dupla está na perfeição de versos e melodias, na história do homem comum que tem sua glória de 15 minutos estampada no jornal, ou no cotidiano de casais, no terreiro de Candomblé, no bar da esquina.

Ficaram anos sem compor juntos. João Bosco vinha fazendo parcerias constantes com Abel Silva e Aldir voltou com a renovação da música de Guinga, e em novas parceiras com Moacyr Luz.
Me dá a penútltima - João Bosco e Aldir Blanc
Leila Pinheiro - Catavento e Girassol (Guinga e Aldir Blanc)- Violão: Ginga.