quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Jogos Mentais e política.

Mind Games - Canção título do quarto album de Jonh Lennon pós Beatles, o primeiro integralmente produzido por ele mesmo, inspira um pacifismo menos neurótico e mais consciente, incisivo porém metafórico, ao contrário de "Imagine", mais panfletário. Só pelo fato de citar a palavra "guerrilha" acirrou ainda mais a bisbilhotagem dos "arapongas" do Tio Sam que não o queria em seu lugarejo por motivos políticos.

Alberto de Oliveira.


Mind Games

We're playing those mind games together
Pushing the barriers, planting seeds
Playing the mind guerrilla
Chanting the mantra peace on earth
We all been playing
those mind games forever
Some kinda druid dudes lifting the veil
Doing the mind guerrilla
Some call it magic, the search for the grail

Love is the answer and you know that for sure
Love is a flower
You got to let it, you got to let it grow

So keep on playing
those mind games together
Faith in the future, outta the now
You just can't beat on those mind guerrillas
Absolute elsewhere
in the stones of your mind
Yeah we're playing
those mind games forever
Projecting our images in space and in time

Yes is the answer and you know that for sure
Yes is surrender, you got to let it,
you got to let it go

So keep on playing
those mind games together
Doing the ritual dance in the sun
Millions of mind guerrillas
Putting their soul power to the karmic wheel
Keep on playing those mind games forever
Raising the spirit of peace and love

Love...
I want you to make love, not war
I know you've heard it before

Jogos Mentais

Estamos jogando esses jogos mentais juntos
Expandindo as limitações, plantando as sementes
Bancando os guerrilheiros da mente
Entoando o mantra paz na terra
Andamos todos jogando
esses jogos da mente por uma eternidade
Alguma espécie de figura druida levantando o véu
Fazendo a guerrilha da mente
Alguns chamam de mágica, a busca pelo gral

Amor é a resposta e você sabe disso com certeza
O amor é uma flor
Você precisa deixá-lo, você precisa deixá-lo crescer

Portanto continuemos
jogando esses jogos da mente juntos
Fé no futuro, saindo do agora
Você não consegue bater nesses guerrilheiros da mente
Completamente em outro lugar
dentro das rochas de sua mente
É, estamos jogando
aqueles jogos mentais juntos eternamente
Projetando nossa imagem no espaço e no tempo

Sim é a resposta e você sabe disso com certeza
Sim é se render, você precisa deixa-lo,
você precisa deixa-lo ir

Portanto continuemos
jogando esses jogos da mente juntos
Fazendo a dança ritual ao sol
Milhões de guerrilheiros da mente
Colocando o poder da alma na roda cármica
Continue jogando aqueles jogos da mente eternamente
Elevando o espírito de paz e amor

Amor...
Eu quero que você faça amor, não guerra
Eu sei que você já ouviu isso antes

Desafio no Cordel

Aceitando o desafio

De José de Sousa Dantas,

Esse fabuloso poeta

Com seu cordel que encanta,

E a semente do Nordeste

Neste mundo ele planta.



Vou fazer algumas rimas

Usando palavras raras.

Espero que Dantas goste

Não vá rir da minha cara,

Pois me falta gabarito

Para entrar nesta seara.



Vamos procurar palavras

Que possam rimar com lobo.

Num tempo globalizado

Vem à mente a Rede Globo.

Com a sua programação

Fazendo o povo de bobo.



Num país de analfabetos

Futuro não se vislumbra.

Pois a máquina da mídia

Deixa o povo na penumbra,

Que com a bolsa salário

Se encanta e se deslumbra.



Povo que vive em favela

Curtindo o seu mocambo.

Que às vezes pra comer

Apela pro velho escambo.

Catando lixo nas ruas

Vestindo-se de molambo.



Empurrando sua carroça

Ouvindo um rádio portátil.

Se mostrando bem feliz

Pois o povo é versátil,

E mesmo na sua pobreza

O sonho é coisa volátil.



Embora muita gente aja

De maneira bem covarde.

É o caso dos políticos

Que não querem muito alarde.

Sempre tudo vem à tona

Mesmo que já seja tarde.



A todo dia no Brasil

Vem à tona um alvitre,

Que funciona pra imprensa

Como se fosse salitre.

E a prisão de políticos

Nunca há ninguém que arbitre



Pois para os poderosos,

Justiça vive a menopausa.

Não importa ter razão

Eles sempre ganham causa.

Ou os processos se arrastam

Dando-lhes uma boa pausa.



Não há para o país

Esperança, simples réstia.

Pois quem aplica as leis,

E usa uma bonita véstia,

Se acha o dono do mundo

E não tem qualquer modéstia.



Com bom dinheiro no bolso

Não sabe o quê é uma xepa.

Come lagosta, salmão

Bem preparado na cepa.

Se alguém mexe na sua grana

Se descontrola e grita: epa.



No meu dinheiro não mexe.

Briga, dá murro, tabefe.

Manda até mesmo matar

Desossa feito magarefe.

E o crime fica impune,

Pois o sujeito é o chefe.

Com seu poder de fogo

Igual a um pirilampo

Grilam terras, tomam casas

Na cidade, até no campo.

Contra os inimigos usam

O famigerado grampo.



HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA, JULHO/2010.