quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

John Winston Lennon

Liverpool, 9 de outubro de 1940Nova Iorque, 8 de dezembro de 1980

sábado, 4 de dezembro de 2010

Poesiadaboa no Musicadaboa

É sempre assim;

acontece de novo o que aconteceu outro dia:

outros olhos, outro azul e o mesmo novo

de novo o mesmo.

Uns e outros, uns dos outros e todos sempre

outros mesmos de sempre...




É sempre assim;

“viva!” em profusão...

personificação de ilusões atordoadas.

parada onde está, andando, correndo sem parar,

vive a vida a mangar do mau gosto que é

esconder-se para ser um outro lugar...



É sempre assim;

uma nova idéia devassada de novo

– As palavras morrem de ciúmes!

Novamente, “nova-mente”.

algum álibi? muito menos

prova de que é nova e de novo

mente...



É sempre assim, e assim será:

Um novo fim para o sempre novo

assim de mim.




Eduardo guilherme – assimdemim -

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Poeta Dilson Pinheiro e Nonato Luiz...

Algumas misturas produzem efeitos mágicos. Poesia com música então...

Um  dos maiores divulgadores e apoiadores dos artistas e da música de cá de nossas bandas, Dilson é um artista generoso e ímpar.

Abaixo , uma homenagem que Dilson fez em formato de cordel a outro grande artista da "Terrinha do Sol", Nonato Luiz.

Nosso Nonato

e agora vem nonato


pra nos encher de emoção

um com o outro acostumado

que causa até confusão

eu me confundo de fato

se o violão é nonato

ou se nonato é violão

nosso nonato luiz

que solta acordes tão finos

seus dedos são bailarinos

deslizando no verniz

vai misturando a raiz

do erudito ao popular

quem o escuta tocar

sente logo coração

vibrar de tanta emoção

tocando junto também

esse dom só ele tem

de ser gente e violão


Dilson Pinheiro
 
Pra ilustrar as palavras de Dilson:
 
Concerto Mariano 2008 - "Ave Maria de Gounod" - Nonato Luiz.
 
Paróquia do Cristo Rei - Fortaleza, Ce.
 

 
 
Mais sobre Nonato Luiz em:
http://musicadaboa-boa.blogspot.com/2009/04/violao-puro-e-nosso-nonato-luis.html

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O som progressivo do Yes

Yes - Soon [ao vivo em 2002].

O som progressivo de Emerson, Lake and Palmer.

EMERSON LAKE & PALMER - The Sage.

O som progressivo do Pink Floyd

Tributo a Syd Barret.

"Shine On You Crazy Diamond"

O som progressivo de Mike Oldfield

Mike Oldfield - Montreux 1981 - Ommadawn parte 1 de 3.



Mike Oldfield - Montreux 1981 - Ommadawn parte 2 de 3.



Mike Oldfield - Montreux 1981 - Ommadawn parte 3 de 3.

domingo, 28 de novembro de 2010

Meu povo tocando...

Miguel Cruz, Jorge André, Clovis  Júnior tocando Credence. E a chuva?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Poesia da boa no Musicadaboa

Enviada por um amigo que se quer anônimo:

Por você


Há pouco, a tempestade... por ver

Ontem, a felicidade... por ter

Hoje, a tristeza do perder

Ainda assim, meu amor... por você



Nas ruas, o perfume... por saber

Na boca, o fel... de não poder

O coração, mais forte... por quê?

Tudo, por mais querer



No horizonte, a esperança... de rever

Amanhã, simplesmente viver

No peito?

Ah! No peito... todo o meu sofrer

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Banda Renegados. Novidade à vista...

Entre as melhores daqui da terrinha, a banda de rock´n roll, Renegados prepara um novo disco... É só esperar um tiquinho!

Rachel de Queiroz, cearense cidadã do mundo...

"[...] tento, com a maior insistência, embora com tão

precário resultado (como se tornou evidente), incorporar

a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo à

língua com que ganho a vida nas folhas impressas. Não

que o faça por novidade, apenas por necessidade.

Meu parente José de Alencar quase um século atrás vivia

brigando por isso e fez escola."

Rachel de Queiroz

(Fortaleza, 17/11/1910  -  Rio de Janeiro, 04/11/2003).




O Plenário do Senado Federal homenageou, ontem, a escritora cearense Rachel de Queiroz, nascida há 100 anos.

Frases:

'' ... A gente nasce e morre só. E talvez por isso mesmo é que se precisa tanto de viver acompanhado ... ''

" ...Falam que o tempo apaga tudo. Tempo não apaga, tempo adormece..."

Ela fez...

Romances:



- O quinze (1930)

- João Miguel (1932)

- Caminho de pedras (1937)

- As três Marias (1939)

- Dôra, Doralina (1975)

- O galo de ouro (1985) - folhetim na revista " O Cruzeiro", (1950)

- Obra reunida (1989)

- Memorial de Maria Moura (1992)



Literatura Infanto-Juvenil:



- O menino mágico (1969)

- Cafute & Pena-de-Prata (1986)

- Andira (1992)

- Cenas brasileiras - Para gostar de ler 17.



Teatro:

- CRONIN, A. J. Os deuses riem (1952).


- Lampião (1953)

- A beata Maria do Egito (1958)

- Teatro (1995)

- O padrezinho santo (inédita)

- A sereia voadora (inédita)



Crônica:



- A donzela e a moura torta (1948);

- 100 Crônicas escolhidas (1958)

- O brasileiro perplexo (1964)

- O caçador de tatu (1967)

- As menininhas e outras crônicas (1976)

- O jogador de sinuca e mais historinhas (1980)

- Mapinguari (1964)

- As terras ásperas (1993)

- O homem e o tempo (74 crônicas escolhidas}

- A longa vida que já vivemos

- Um alpendre, uma rede, um açude: 100 crônicas escolhidas

- Cenas brasileiras

- Xerimbabo (ilustrações de Graça Lima)

- Falso mar, falso mundo - 89 crônicas escolhidas (2002)



Antologias:



- Três romances (1948)



- Quatro romances (1960) (O Quinze, João Miguel, Caminho de Pedras,

As três Marias)



- Seleta (1973) - organização de Paulo Rónai



Livros em parceria:



- Brandão entre o mar e o amor (romance - 1942) - com José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Aníbal Machado e Jorge Amado.



- O mistério dos MMM (romance policial - 1962) - Com Viriato Corrêa, Dinah Silveira de Queiroz, Lúcio Cardoso, Herberto Sales, Jorge Amado, José Condé, Guimarães Rosa, Antônio Callado e Orígines Lessa.



- Luís e Maria (cartilha de alfabetização de adultos - 1971) - Com Marion Vilas Boas Sá Rego.



- Meu livro de Brasil (Educação Moral e Cívica - 1º. Grau, Volumes 3, 4 e 5 - 1971) - Com Nilda Bethlem.



- O nosso Ceará (com sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek), relato, 1994.



- Tantos anos (com sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek), auto-biografia, 1998.



- O Não Me Deixes – Suas Histórias e Sua Cozinha (com sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek), 2000.



Obras traduzidas pela escritora:



- Romances:



AUSTEN, Jane. Mansfield Parlz (1942).

BALZAC, Honoré de. A mulher de trinta anos (1948).

BAUM, Vicki. Helena Wilfuer (1944).

BELLAMANN, Henry. A intrusa (1945).

BOTTONE, Phyllis. Tempestade d'alma (1943).

BRONTË, Emily. O morro dos ventos uivantes (1947).

BRUYÈRE, André. Os Robinsons da montanha (1948).

BUCK, Pearl. A promessa (1946).

BUTLER, Samuel. Destino da carne (1942).

CHRISTIE, Agatha. A mulher diabólica (1971).

CRONIN, A. J. A família Brodie (1940).

CRONIN, A. J. Anos de ternura (1947).

CRONIN, A. J. Aventuras da maleta negra (1948).

DONAL, Mario. O quarto misterioso e Congresso de bonecas (1947).

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Humilhados e ofendidos (1944).

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Recordações da casa dos mortos (1945).

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Os demônios (1951).

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Os irmãos Karamazov (1952) 3 v.

DU MAURIER, Daphne. O roteiro das gaivotas (1943).

FREMANTLE, Anne. Idade da fé (1970).

GALSWORTHY, John. A crônica dos Forsyte (1946) 3 v.

GASKELL, Elisabeth. Cranford (1946).

GAUTHIER, Théophile. O romance da múmia (1972).

HEIDENSTAM, Verner von. Os carolinos: crônica de Carlos XII (1963).

HILTON, James. Fúria no céu (1944).

LA CONTRIE, M. D'Agon de. Aventuras de Carlota (1947).

LOISEL, Y. A casa dos cravos brancos (1947).

LONDON, Jack. O lobo do mar (1972).

MAURIAC, François. O deserto do amor (1966).

PROUTY, Oliver. Stella Dallas (1945).

REMARQUE, Erich Maria. Náufragos (1942).

ROSAIRE, Forrest. Os dois amores de Grey Manning (1948).

ROSMER, Jean. A afilhada do imperador (1950).

SAILLY, Suzanne. A deusa da tribo (1950).

VERDAT, Germaine. A conquista da torre misteriosa (1948).

VERNE, Júlio. Miguel Strogoff (1972).

WHARTON, Edith. Eu soube amar (1940).

WILLEMS, Raphaelle. A predileta (1950).



Biografias e memórias:



BUCK, Pearl. A exilada: retrato de uma mãe americana (1943).

CHAPLIN, Charles. Minha vida (caps. 1 a 7 (1965).

DUMAS, Alexandre. Memórias de Alexandre Dumas, pai (1947).

TERESA DE JESUS, Santa. Vida de Santa Teresa de Jesus (1946).

STONE, Irwin. Mulher imortal (biografia de Jessie Benton Fremont (1947).

TOLSTÓI, Leon. Memórias (1944).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Bossa nova "made in" Ceará

Jacinta Pinheiro, cearense de Itapipoca lança "Herança", disco autoral (o segundo da carreira) em companhia de músicos de primeira linha como João Donato que a acompanha na faixa "De Pequim ao Cariri" mostrada no vídeo abaixo. 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Earth Song - Michael Jackson

Clip de Michael (1996) mais visto no Reino Unido e pelo que se sabe, não foi mostrado nos EUA. Os motivos são óbvios.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Jogos Mentais e política.

Mind Games - Canção título do quarto album de Jonh Lennon pós Beatles, o primeiro integralmente produzido por ele mesmo, inspira um pacifismo menos neurótico e mais consciente, incisivo porém metafórico, ao contrário de "Imagine", mais panfletário. Só pelo fato de citar a palavra "guerrilha" acirrou ainda mais a bisbilhotagem dos "arapongas" do Tio Sam que não o queria em seu lugarejo por motivos políticos.

Alberto de Oliveira.


Mind Games

We're playing those mind games together
Pushing the barriers, planting seeds
Playing the mind guerrilla
Chanting the mantra peace on earth
We all been playing
those mind games forever
Some kinda druid dudes lifting the veil
Doing the mind guerrilla
Some call it magic, the search for the grail

Love is the answer and you know that for sure
Love is a flower
You got to let it, you got to let it grow

So keep on playing
those mind games together
Faith in the future, outta the now
You just can't beat on those mind guerrillas
Absolute elsewhere
in the stones of your mind
Yeah we're playing
those mind games forever
Projecting our images in space and in time

Yes is the answer and you know that for sure
Yes is surrender, you got to let it,
you got to let it go

So keep on playing
those mind games together
Doing the ritual dance in the sun
Millions of mind guerrillas
Putting their soul power to the karmic wheel
Keep on playing those mind games forever
Raising the spirit of peace and love

Love...
I want you to make love, not war
I know you've heard it before

Jogos Mentais

Estamos jogando esses jogos mentais juntos
Expandindo as limitações, plantando as sementes
Bancando os guerrilheiros da mente
Entoando o mantra paz na terra
Andamos todos jogando
esses jogos da mente por uma eternidade
Alguma espécie de figura druida levantando o véu
Fazendo a guerrilha da mente
Alguns chamam de mágica, a busca pelo gral

Amor é a resposta e você sabe disso com certeza
O amor é uma flor
Você precisa deixá-lo, você precisa deixá-lo crescer

Portanto continuemos
jogando esses jogos da mente juntos
Fé no futuro, saindo do agora
Você não consegue bater nesses guerrilheiros da mente
Completamente em outro lugar
dentro das rochas de sua mente
É, estamos jogando
aqueles jogos mentais juntos eternamente
Projetando nossa imagem no espaço e no tempo

Sim é a resposta e você sabe disso com certeza
Sim é se render, você precisa deixa-lo,
você precisa deixa-lo ir

Portanto continuemos
jogando esses jogos da mente juntos
Fazendo a dança ritual ao sol
Milhões de guerrilheiros da mente
Colocando o poder da alma na roda cármica
Continue jogando aqueles jogos da mente eternamente
Elevando o espírito de paz e amor

Amor...
Eu quero que você faça amor, não guerra
Eu sei que você já ouviu isso antes

Desafio no Cordel

Aceitando o desafio

De José de Sousa Dantas,

Esse fabuloso poeta

Com seu cordel que encanta,

E a semente do Nordeste

Neste mundo ele planta.



Vou fazer algumas rimas

Usando palavras raras.

Espero que Dantas goste

Não vá rir da minha cara,

Pois me falta gabarito

Para entrar nesta seara.



Vamos procurar palavras

Que possam rimar com lobo.

Num tempo globalizado

Vem à mente a Rede Globo.

Com a sua programação

Fazendo o povo de bobo.



Num país de analfabetos

Futuro não se vislumbra.

Pois a máquina da mídia

Deixa o povo na penumbra,

Que com a bolsa salário

Se encanta e se deslumbra.



Povo que vive em favela

Curtindo o seu mocambo.

Que às vezes pra comer

Apela pro velho escambo.

Catando lixo nas ruas

Vestindo-se de molambo.



Empurrando sua carroça

Ouvindo um rádio portátil.

Se mostrando bem feliz

Pois o povo é versátil,

E mesmo na sua pobreza

O sonho é coisa volátil.



Embora muita gente aja

De maneira bem covarde.

É o caso dos políticos

Que não querem muito alarde.

Sempre tudo vem à tona

Mesmo que já seja tarde.



A todo dia no Brasil

Vem à tona um alvitre,

Que funciona pra imprensa

Como se fosse salitre.

E a prisão de políticos

Nunca há ninguém que arbitre



Pois para os poderosos,

Justiça vive a menopausa.

Não importa ter razão

Eles sempre ganham causa.

Ou os processos se arrastam

Dando-lhes uma boa pausa.



Não há para o país

Esperança, simples réstia.

Pois quem aplica as leis,

E usa uma bonita véstia,

Se acha o dono do mundo

E não tem qualquer modéstia.



Com bom dinheiro no bolso

Não sabe o quê é uma xepa.

Come lagosta, salmão

Bem preparado na cepa.

Se alguém mexe na sua grana

Se descontrola e grita: epa.



No meu dinheiro não mexe.

Briga, dá murro, tabefe.

Manda até mesmo matar

Desossa feito magarefe.

E o crime fica impune,

Pois o sujeito é o chefe.

Com seu poder de fogo

Igual a um pirilampo

Grilam terras, tomam casas

Na cidade, até no campo.

Contra os inimigos usam

O famigerado grampo.



HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA, JULHO/2010.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Maestro Paulo Moura

Despedida from Eduardo Escorel on Vimeo.


(São José do Rio Preto, 15 de julho de 1932 - Rio de Janeiro, 12 de Julho de 2010)

terça-feira, 25 de maio de 2010

As Mães de Chico Xavier - O filme.

Está sendo rodado no Ceará o filme "As Mães de Chico Xavier" com previsão para lançamento em dezembro.

Veja mais em: http://asmaesdechico.blogspot.com/

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Coisa Acesa - Fausto Nilo por Caetano Veloso.



         Cearense de Quixeramobim, além de arquiteto e urbanista de responsa, o querido Fausto Nilo é um   dos maiores letristas de sua geração. Parceiro de Raimundo Fagner, Moraes Moreira, Robertinho do Recife, Geraldo Azevedo, Lulu Santos, Dominguinhos e muitos outros em grandes sucessos, que agora foram reunidos em novas gravações em “Quando Fevereiro Chegar”, lançado no carnaval de Fortaleza. Uma das mais bacanas é Fernanda Takai cantando O Elefante, de Robertinho do Recife e Fausto Nilo.


O paidégua cearense, como fizeram os Beatles em termos mundiais, chegou a emplacar os cinco primeiros lugares nas paradas nacionais de rádio nos anos 80. Era o letrista dessas cantigas gravadas por diferentes intérpretes e/ou parceiros.


Continuando o papo sobre o grande letrista cearense, as suas grandes músicas de Carnaval, com Armandinho, Moraes Moreira e Robertinho do Recife, que, além de produzir, tocou sua legendária guitarra, foram reunidas agora em “Quando Fevereiro Chegar”, com novas versões para seus grandes clássicos da folia. Como Caetano Veloso fez com Coisa Acesa.

Saiba mais: http://fernandatakai.com.br/2010/03/

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Deu no Clarin

Por ocasião do recente episódio entre Maradona e sua cadela, um jornalista hermano escreveu: "É imperativo saber do estado de saúde do animal".

terça-feira, 30 de março de 2010

Velha Guarda do Blues - Robert Jonhson

Robert Leroy Johnson (8 de Maio, 1911 – 16 de Agosto, 1938) cantor e guitarrista Norte-americano de Blues. Johnson é um dos músicos mais influentes do Mississippi Delta Blues e é uma importante referência para a padronização do consagrado formato de 12 compassos para o Blues. Influenciou grandes artistas durante anos como Muddy Waters, Led Zeppelin, Bob Dylan, The Rolling Stones, Johnny Winter, Jeff Beck, e Eric Clapton, que considerava Johnson "o mais importante cantor de blues que já viveu". Por suas inovações, músicas e habilidade com a guitarra ficou em quinto lugar no ranking dos 100 melhores guitarristas de todos os tempos da revista Rolling Stone.

Johnson nasceu em Hazlehurst, Mississippi. Sua data de nascimento oficialmente aceita (1911) provavelmente está errada. Registros existentes (documentos escolares, certidões de casamento e certidão de óbito) sugerem diferentes datas entre 1909 e 1912, embora nenhum contenha a data de 1911.

Robert Johnson gravou apenas 29 músicas em um total de 41 faixas, em duas sessões de gravação em San Antonio, Texas, em Novembro de 1936 e em Dallas, Texas, em Junho de 1937. Treze músicas foram gravadas duas vezes. Suas músicas continuam sendo interpretadas e adaptadas por diversos artistas, como Eric Clapton, The Rolling Stones, The Blues Brothers, Red Hot Chili Peppers e The White Stripes.

Em 1938 durante uma apresentação no bar "Tree Forks" Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo dono do bar, o qual estava enciumado por Jonhson ter flertado com sua mulher. Sonny Boy Williamson que estava tocando junto com Jonhson, o havia alertado sobre o whisky, porém este não lhe deu atenção. Johnson se recuperou do envenenamento, mas contraiu pneumonia e morreu 3 dias depois, em 16 de Agosto de 1938, em Greenwood, Mississippi. Há várias versões populares para sua morte: que haveria morrido envenenado pelo whisky, que haveria morrido de sífilis e que havia sido assassinado com arma de fogo. Seu certificado de óbito cita apenas "No Doctor" (Sem Médico) como causa da morte.

Outro mito popular recorrente sugere que Johnson vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi em troca da proeza para tocar guitarra. Este mito foi difundido principalmente por Son House, e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas, como "Crossroads Blues", "Me And The Devil Blues" e "Hellhound On My Trail". O mito também é descrito no filme de 1986 Crossroads e no episódio 8, da segunda temporada da série Supernatural.

Influência

Johnson é freqüentemente citado como "o maior cantor de blues de todos os tempos", ou mesmo como o mais importante músico do Século XX, mas muitos ouvintes se desapontam ao conhecer o seu trabalho, pois o estilo peculiar do Delta Blues e o padrão técnico das gravações de sua época estão muito distantes dos padrões estéticos e técnicos atuais.

Embora Johnson certamente não tenha inventado o blues, que já vinha sendo gravado 15 anos antes de suas gravações, seu trabalho modificou o estilo de execução, empregando mais técnica, riffs mais elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um ritmo regular. Suas principais influências foram Son House, Leroy Carr, Kokomo Arnold e Peetie Wheatstraw. Johnson tocou com o jovem Howlin' Wolf e Sonny Boy Williamson (que afirma ter estado presente no dia do envenenamento de Johnson e ter alertado Johnson sobre a garrafa de whisky). Johnson influenciou Elmore James e Muddy Waters, e o blues elétrico de Chicago na década de 1950 foi criado em torno do estilo de Johnson. Há uma linha direta de influência entre a obra de Johnson e o Rock and roll que se tornaria popular no pós-guerra.

Em 1999 o grupo The White Stripes lançou no seu álbum de estréia homônimo uma canção de Johnson; Stop Breaking Down.





Nos videos acima, Eric Clapton interpreta "Crossroads" e os Stones "Love in Vain" de Robert Jonhson.

O melhor dos poemas sobre o Amor

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor.

Paulo de Tarso I Coríntios - Capítulo 13.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Florbela Espanca

Cantigas leva-as o vento...

A lembrança dos teus beijos

Inda na minh´alma existe,

Como um perfume perdido,

Nas folhas de um livro triste.



Perfume tão esquisito

E de tal suavidade,

E mesmo desaparecido

Revive numa saudade!



Florbela Espanca

01/01/1916

Pra ver futebol, tem que ver a novela global antes...

Leiam o que escreveu o cordelista H. Cesar Pinheiro.

Poderosa e também bastante rica,
A família Marinho, do Brasil,
Fez, que no hino se diz varonil,
Um país onde a lei dela se aplica.
Nossa hora pra dormir especifica
Pois assim é que ficou estipulado
Tudo na TV já foi programado
Nem que haja um grande quiproquó
Jogo de Futebol começa só
Se a novela tiver já terminado.

Não importa se findo na madrugada
Se não há segurança nem transporte
Para quem vai à praça de esporte
A pé volta pra casa, na calada
E bem cedo vai para outra jornada
Sem dormir e bastante enfadado
Pois do jogo chegou tarde, cansado.
Torcedor que vai lá pro cafundó.
Jogo de Futebol começa só
Se a novela tiver já terminado.

Com poder e bastante persuasão
O horário muda a seu bel prazer
Antes quando não havia a TV
Próprio povo fazia programação
Futebol vivia sem televisão.
Bem melhor, mais bonito, bem jogado,
Rivelino, Pelé muito endiabrado.
Hoje com perna de pau que dá dó
Jogo de Futebol começa só
Se a novela tiver já terminado.

Desrespeito com o povo é geral.
Não só com quem vai ver o futebol
Povo devia era tem semancol
Boicotar todo o programa global
Do tal Big Brother à Zorra Total
Que o Ibope deles fique zerado
E o povo passe a ser respeitado
Boicotar sem ter pena e nem dó
Jogo de Futebol começa só
Se a novela tiver já terminado.

Até nos jogos fora do Brasil
As novelas da Globo marcam a hora
Determinam o horário que vigora
País da Rede virou um covil
Isso no mundo nunca ninguém viu.
Mas se um projeto for aprovado
Pela Câmara e pelo Senado
Sancionado por nosso faraó
Jogo de Futebol será melhor
Se à Globo não for mais atrelado.

A São Paulo dou os meus parabéns
Por aprovar lei com destemor
Os edis foram do povo a favor.
Depois do jogo usa os trens
Pode voltar pra casa bem.
À meia noite o jogo foi acabado
E o projeto há de ser sancionado
Se o horário vier a ser um só
Jogo de Futebol será melhor
Se à Globo não for mais atrelado.


HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO
FORTALEZA, MARÇO/2010.

sábado, 6 de março de 2010

Cearense cidadão do mundo - Jacques Klein

De Aracati-Ce para o mundo.

Veja abaixo matéria publicada no Jornal O Globo em 11/10/2009:

Morto precocemente em 1982, pianista cearense Jacques Klein é lembrado em concurso

Imagine um excelente pianista, do tipo que é referência mundial, tocando com as maiores orquestras do planeta. Dê a ele bom humor, gênio impulsivo e, de quebra, um talento especial para se comunicar com plateias das mais esnobes às mais simplórias. Hoje pode ser difícil imaginar, mas o produto dessa mistura existiu, sim, veio de Aracati, no Ceará, e se chamava Jacques Klein.

Consumido por um câncer quando ainda estava no auge da carreira, aos 52 anos, Klein era um tipo raro de músico clássico. Era popular. Amava interpretar Beethoven, Mozart e Chopin. Mas também compôs com Dorival Caymmi, teve um grupo de jazz e aparecia com tanta naturalidade na TV que chegava a dar autógrafo na rua.

Morreu em 1982, mas parece que foi há séculos. Deixou quase nada gravado, e, saindo do circuito da música clássica, seu nome é pouco conhecido entre os mais jovens. Daí que ele foi escolhido para ser o homenageado do primeiro Concurso Internacional BNDES de Piano, que acontece esta semana, na Sala Cecília Meireles, reunindo 20 jovens pianistas brasileiros e estrangeiros, pré-selecionados entre 34 inscritos. Há mais de 50 anos não havia concurso dessas proporções por aqui.

Um pouco mais sobre Jacques Klein:

Texto de Luis Reis (revisado por Alberto de Oliveira).

Nasceu em Aracati - Ce, no dia 10 de julho de 1930, filho de Alberto Jacques Klein, comerciante, e Gasparina Campello Klein.

Faleceu em 23 de outubro de 1982, aos 52 anos, vítima de câncer, no Rio de Janeiro.

Sua vocação musical se manifestou muito cedo.

Era um garoto dotado de um esplêndido "ouvido musical", destacando-se nas aulas de música e mostrando um apurado gosto nessa área.

Até os 18 anos, Jacques dedicou-se ao estudo do jazz, tendo inclusive feito algumas gravações desse estilo musical em disco de 78 rpm.

No ano de 1949, foi para os Estados unidos com a firme intenção de estudar música clássica. O seu primeiro contato profissional aconteceu com o legendário músico norte americano Art Tatum, que, impressionado ao vê-lo tocar jazz em Nova Yorque, fez-lhe o convite para tocar como profissional em sua banda. Jacques manteve-se firme na sua decisão de estudar clássico e não aceitou o convite do músico famoso. Antes, ainda no Brasil, chegou a prestar exame vestibular para Direito, na PUC, obtendo o 5° lugar, mas optou por seguir os caminhos da música, atraído pelos maviosos acordes do piano. Durante um certo tempo, alimentou a idéia de se dedicar à diplomacia, carreira que encantava a família, mas seus rápidos progressos no estudo musical o fizeram desistir dessa idéia. Seu grande momento internacional aconteceu em 1953, em Genebra, na Suiça, quando conquistou, com méritos, o 1° lugar no Concurso Internacional para Pianistas. Na época, era esse o mais importante concurso em todo o mundo e, depois de muitos anos, um pianista veio a conquistar o primeiro luar na competição. Nos anos anteriores, não havia sido conferido o primeiro lugar a nenhum concorrente. O melhor ficava com a 2a colocação, de acordo com o julgamento dos juízes do concurso. A partir dessa conquista, sua carreira na Europa tomou rumos de grande sucesso. Era um pianista admirado em todo o velho Continente e, em Viena, na Áustria, terra de grandes músicos, Jacques Klein chegou a ser comparado a Horowitz e Rubinstein, na época, os grandes nomes da música clássica. Suas apresentações eram concorridíssimas, grande público se aglomerava à porta das casas onde se apresentava na Europa e rendia homenagens ao músico aracatiense e inúmeras foram as condecorações a ele conferidas. O Governo inglês, por exemplo, outorgou-lhe a medalha Harriet Cohen, uma das maiores comendas daquele país. Quando de sua estréia nos Estados unidos, em 1959, a crítica o considerou como um dos maiores pianistas "não só de sua geração, mas também da geração que o precedeu. Na ocasião, Jacques Klein foi considerado superior a Emil Gilels e Van Cliburn, este último um ídolo americano porque vencera o concurso de Moscou. Jacques Klein foi solista das mais importantes orquestras mundiais e realizou importantes ciclos de concertos, como o das 32 sonatas para piano de Beethoven. Durante alguns anos, participou da direção da Orquestra Sinfônica Brasileira e ocupou o cargo de Diretor da Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, onde realizou uma administração exemplar. Foi também excelente músico de câmara, tendo tocado inúmeras vezes no Brasil e na Europa com o grande violonista italiano Salvatore Accardo. Jacques Klein destacou-se ainda como professor, dando enorme contribuição para a formação de famosos pianistas, como Nelson Freire, Arnaldo Cohen, Luiz Fernando Benedini, José Henrique, Edson Elias, Sônia Goulart e João Carlos Assis Brasil, entre tantos outros. Em seus últimos anos de vida, incansável e sempre otimista, alternava períodos de internação hospitalar com sérios concertos e recitais. Um mês antes de sua morte, ainda reuniu forças para ser solista, no Rio de Janeiro, da Orquestra de Câmara de Moscou. O maior nome da expressão musical pianística clássica brasileira na Europa.