quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Jane e Victor

Victor Biglione -Instrumentista (guitarrista). Compositor.

Nascido em Buenos Aires e naturalizado brasileiro, estudou em 1976 no Centro Livre de Aprendizagem Musical (Clam), escola de música do Zimbo Trio. No ano seguinte, viajou para os Estados Unidos, tendo freqüentado a Berklee College of Music de Boston (Massachusetts). Transita na área da música contemporânea, especialmente do jazz e do blues.

Em 1982 e 1983, fez parte do conjunto A Cor do Som, com o qual gravou o disco "Magia tropical" e foi contemplado com o Troféu Socimpro na categoria de melhor grupo instrumental de 1982.

Atuou como guitarrista ao lado de vários artistas, como Ivan Lins, Gal Costa, Chico Buarque, Djavan, Milton Nascimento, Sérgio Mendes, Wagner Tiso, João Bosco, entre outros brasileiros, além dos internacionais Lee Konitz, John Patitucci, Steve Hacket (do Genesis), Andy Summers (do Police), e do grupo Manhattan Transfer.

Lançou, na década de 1980, os LPs "Victor Biglione" (1986), "Baleia azul" (1987) e "Quebra pedra" (1989). Em 1989, recebeu o Troféu Grandes Músicos Brahma Extra e foi indicado para o Prêmio Sharp na categoria de melhor arranjador instrumental.

Em 1990, foi premiado pela Melhor Trilha Sonora, no Rio Cine Internacional Festival de Cinema do Rio de Janeiro, pela música do filme "Faca de dois gumes", de Murillo Sales.

Em 1993, gravou o CD "Trilhas".

No ano seguinte, lançou, com Zé Renato e Litto Nébia, o CD "Ponto de encontro" e, com Marcos Ariel, o CD "Victor Biglione & Marco Ariel Duo".

Em 1997, foi novamente indicado para o Prêmio Sharp, na categoria Melhor Disco de Trilha Sonora de Cinema, pelo CD "Como nascem os anjos". Ainda nesse ano, apresentou-se em Montreux, show que gerou o CD "Ao vivo em Montreux".

Em 1999, seu CD "Strings of Desire", em duo com Andy Summers (ex-integrante do grupo The Police), foi lançado no Brasil, Estados Unidos, Europa e Japão. Nesse mesmo ano, gravou o CD "Cinema acústico".

Participou de trilhas sonoras para teatro, como "Uma aventura na Síria" (1990) e "Procura-se um amigo" (1990), para novelas e seriados de televisão, como "Pai herói" (1981) "Procura-se um amigo" (Rede Manchete, 1993) e "A justiceira" (Rede Globo, 1997), e para cinema, como "Dayse das almas deste mundo", "Faca de dois gumes" (1988), de Murilo Salles, "Oswaldianas" (1991), de Lúcia Murat, "Como nascem os anjos" (1996), de Murillo Sales, e "Amar" (1997), de Carlos Gregório.

Apresentou-se em televisão no show gravado ao vivo no Golden Room do Copacabana Palace (TVE, 1988), Free Jazz (Rede Manchete, 1990), "Especial Victor Biglione" (TVE, 1993), "Fantástico" (Rede Globo, 1993) e "Beau et Chaud Programme" (Televisão Canadense).

Em 2000, lançou o CD "Um tributo a Hendrix". Nesse mesmo ano, realizou, com Marcos Valle e os músicos canadenses Jean Pierre Zanella (sax e flauta) Jean-François Groulx (sintetizador), Jim Hillman (bateria) e Norman Lachapelle (baixo), o show de encerramento das comemorações dos 500 anos do Brasil, em Montreal. O espetáculo foi gravado ao vivo e lançado, em 2003, no CD "Live in Montreal".

Em 2004, lançou , com Wagner Tiso, pela gravadora Albatroz em conjunto com o Núcleo de Comunicação da Universidade Estácio de Sá (RJ), com distribuição nacional da Trama, o CD "Tocar", registro ao vivo do espetáculo realizado pelos dois instrumentistas, contendo as canções "Expresso 2222" (Gilberto Gil), "Samba de uma nota só" (Tom Jobim), "Cravo e Canela" (Milton Nascimento) e "Sonho de um Carnaval' (Chico Buarque), entre outras. O disco teve show de lançamento na Toca do Vinicius e na Estrela da Lapa, no Rio de Janeiro.

Em 2005, apresentou-se na Casa de Cultura Estácio de Sá (RJ), ao lado de Andy Summers, em show de lançamento do CD "Splendid Brazil", no qual os dois guitarristas registraram exclusivamente músicas brasileiras. Nesse mesmo ano, deixou gravadas suas mãos na Calçada da Fama da Toca do Vinicius, em Ipanema (RJ).


Trenzinho Caipira (Villa Lobos)

Victor Biglione: Guitarra.
José Lourenço: Teclado.
Renato Massa:Bateria.
Jonny Barreto: Baixo acústico.



Rio de Janeiro/1997.

Jane Duboc

Cantora. Compositora.

Destacou-se em sua cidade natal desde criança, não só como cantora mas também como esportista, tendo sido contemplada com muitas medalhas em competições estaduais de natação, voleibol, tênis e tênis de mesa. o que motivou a criação, pela Assembléia Legislativa de Belém, do prêmio "Jane Duboc Vaquer" de incentivo aos esportistas paraenses. Estudou piano e violão. Integrou, em Belém o conjunto Ilusão e, em Natal, o Quarteto das Tri, formado por tri-campeãs no esporte. Em 1970, viajou para os Estados Unidos, onde criou a Fane Jazz Band, em que atuava como vocalista e instrumentista.

Em 1971, defendeu a canção "No ano 83", de Sérgio Sampaio, no VI Festival Internacional da Canção (Rede Globo).

De 1972 a 1976, morou nos Estados Unidos, onde estudou na Faculdade de Música da Universiade da Geórgia (orquestração, canto lírico, flauta e arte dramática), além de atuar como cantora, compositora e instrumentista, cantando em bares, boates, clubes e igrejas.

Em 1977, voltou para o Brasil, onde formou o Grupo Fein , que se apresentava cantando somente em inglês. Lançou o compacto "Pollution", cuja música, de sua autoria, foi gravada só em vocalise porque a letra foi vetada pela Censura. O disco foi produzido por Raul Seixas, com quem atuou em shows e gravações. Também nos anos 1970, integrou a Banda Veneno, do maestro Erlon Chaves, e o coral da Rede Globo, gravando várias aberturas de programas. Participou, também do disco "Linguinha", de Chico Anysio e gravou com o guitarrista norte-americano Jay Anthony Vaquer, com quem foi casada, o LP "Morning The Musicians" (RCA), que contou com a participação de Luiz Eça, Paulo Moura, Noveli e Bil French. Excursionou com Egberto Gismonti nos shows "Água e Vinho I e II", com quem gravou vocais e percussão no CD "Árvore". Ao lado de Sérgio Sampaio, interpretou, no VI Festival Internacional da Canção, a música "No ano 83". Gravou as trilhas sonoras do filme "Janaina" e da peça "Encontro no bar". Cantou músicas folclóricas regionais no LP "Acalantos brasileiros" e na série "Música popular do Norte", para o selo Marcus Pereira,. Compôs e gravou, com Guto Graça Melo, a trilha sonora do filme "Amor bandido", de Bruno Barreto. Ainda nos anos 1970, foi integrante da Zurama Jingles, gravando comerciais para a produtora de Ivan Lins, Eduardo Souto Neto, Tavito e Paulo Sergio Valle, com destaque para o comercial da Soletur Turismo, veiculado em rede nacional de Televisão. Fez parte da Rio Jazz Orquestra, de Marcus Spillman, cantando temas de Duke Ellington e outros nomes do jazz. Participou das gravações de discos dos grupos Os Motokas e Os Skates, ao lado de Claudinha Telles e do Grupo Roupa Nova, que na época atuava como Os Fanks.

Em 1980, gravou seu primeiro disco solo, "Languidez", que contou com a participação de Toninho Horta, Djavan, Sivuca, Hélio Delmiro, Luis Avelar e Osvaldo Montenegro. No repertório, sua composição "Meu homem", além de canções como "Cachoeira" (Osvaldo Montenegro), "Manoel, o audaz" (Toninho Horta e Fernando Brant), que ganhou clipe no programa "Fantástico" (Rede Globo) e "Que outro dia amanheça" (Edson e Terezinha), que ocupou os primeiros lugares nas emissoras de rádio do país, entre outras. Participou do festival MPB-80 (Rede Globo), interpretando a canção "Saudade" (Nato Gomes), registrada no LP "MPB 80 - Vol. 2" (Som Livre). Integrou o grupo vocal Cantamor. Participou de vários especiais da Rede Globo, como os de Roberto Carlos e Fábio Jr., além dos infantis "Pirlimpimpim", "Arca de Noé - 2" e "Verde que te quero ver" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), entre outros, cujas trilhas foram registradas em disco. Ainda na década de 1980, Jane Duboc percorreu o Brasil fazendo shows com Filó, Hélio Delmiro, Tunai, Aécio Flavio, Pery Ribeiro, Márcio Montarroyos, Toninho Horta e Miucha, além de Toquinho, com quem excursionou pelo país com o show "Doce vida", viajou pela Itália e gravou um disco em Milão.

Em 1982, lançou o LP "Jane Duboc", que incluiu sua composição "Eu no sol" (c/ Osvaldo Montenegro) e as canções "Som pra sumir" (Gilberto Gil) e "Água" (Fátima Guedes), entre outras. Ainda nesse ano, participou do "MPB-Shell", classificando a música "Tentação" (Tunai e Sérgio Natureza).

Em 1983, interpretou a faixa "A valsa dos clowns" (Edu Lobo e Chico Buarque) no disco "O Grande Circo Místico".

Em 1985, gravou o LP "Ponto de partida", que contou com a participação de Toquinho.

Em 1986, apresentou-se para um público de 30.000 pessoas no show comemorativo do aniversário de Belo Horizonte (MG), realizado no Parque das Mangabeiras.

Em 1987, lançou o LP "Jane Duboc", com destaque para "Chama da Paixão" (Thomaz Roth e Cido Bianchi) e "Sonhos" (Lincoln Olivetti, Robson Jorge e Mauro Motta), além de sua composição "Minas em mim" (c/ Luca) e canções de Milton Nascimento, Toninho Horta e Tavito, entre outros, com arranjos de César Camargo Mariano, Chiquinho de Morais e Cido Bianchi. O sucesso e o reconhecimento nacional vieram nesse ano com as músicas "Chama da paixão" e "Sonhos", que tiveram grande execução nas emissoras de rádio, o que lhe valeu convites para apresentações em vários programas de televisão, abrindo caminho para sua participação em trilhas de novelas da Rede Globo, como "Fera Radical", com a música "Sonhos" e "Vale Tudo" (Rede Globo), com a música "Besame" (Flávio Venturini e Murilo Antunes).

Em 1988, gravou o LP "Feliz", que incluiu "Como se deixa passar", de sua autoria, além das canções "Só nós dois" (Thomaz Roth e Cido Bianchi), "De corpo inteiro" (Aécio Flávio e Luiz Fernando), "Louco amor" (Claudia Olivetti, Lincoln Olivetti e Robson Jorge), "De corpo inteiro", tema da novela "O Salvador da Pátria" (Rede Globo), e "Vem pra mim", versão de Rosana Hermann para a música "Now and forever". Fez vários shows, inclusive um gravado ao vivo, no Teatro Bandeirantes, que se tornou um especial de Televisão.

Em 1990, estreou, no Ópera Room (SP), o espetáculo "Movie Melodies", interpretando exclusivamente clássicos do cinema norte-americano como "As time goes by" (Herman Hupfeld), "True love" (Cole Porter) e "Bewitched" (Rodgers e Hart), entre outras. Seguiu com o show por várias cidades brasileiras.

Lançou, em 1991, o CD "Além do prazer" e, em 1992, o CD "Brasiliano" (Globo Records/Itália), contendo músicas italianas, e o CD "Movies melodies", pelo qual foi contemplada com o Prêmio Sharp, na categoria de Melhor Cantora. Também em 1991, realizou o show "Beatles Mulher", cantando músicas do quarteto de Liverpool.

Em 1993, lançou o CD "Jane Duboc". Também nesse ano, apresentou-se ao lado de Sílvia Goes e Keko Brandão no Centro Cultural São Paulo, com o show "Tríade", com textos de Paulo Bonfim e releituras, apenas com vocalises, de obras de Enya, Hermeto Paschoal, Vangelis, Edú Lobo e Tom Jobim, entre outros. Ainda em 1993, viajou aos Estados Unidos, onde gravou, com o saxofonista Gerry Mulligan, o CD "Paraíso", com destaque para sua composição "Bordado". O disco foi lançado no ano seguinte.

Em 1995, lançou o CD "Partituras", interpretando exclusivamente canções de Flavio Venturini, como "Sobre o mar" (c/ Alexandre Blasifera) e "Nuvens" (c/ Ronaldo Bastos), além da faixa-título, de sua parceria com o compositor.

Em 1996, inaugurou, com o maestro Roberto Sion, o maior centro de convenções da cidade de Gifu (Japão). O show apresentado nessa ocasião gerou o CD "From Brazil to Japan", que incluiu canções como "Alguém cantando" (Caetano Veloso), "Manhã de Carnaval" (Luiz Bonfá e Antonio Maria) e "Se todos fossem iguais a você" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), entre outras.

Em 1998, gravou, com Sebastião Tapajós, o CD "Da minha terra", homenageando compositores paraenses.

No ano seguinte, lançou o disco "Clássicas", com Zezé Gonzaga, que registrou canções como "Linda flor (Ai, Ioiô)" (Henrique Vogeler, Luis Peixoto e Marques Porto) e "Sem fantasia" (Chico Buarque), entre outras.

Em 2001, abriu, em sociedade com o marido, Paulo Amorim, a gravadora Jam Music, pela qual lançou discos de vários artistas, como Beth Carvalho, Celso Viáfora e Angela Rô Rô, entre outros, além do filho Jay Vaquer.

Em 2002, lançou o CD "Sweet Lady Jane", contendo as canções "Verão" (Rosa Passos e Fernando de Oliveira), "Por causa de você" (Tom Jobim e Dolores Duran), "Pr'um samba" (Egberto Gismonti), "If it's Magic" (Stevie Wonder), "De alma e corpo" (Ivan Lins e Celso Viáfora), "Blues afins" (Tunai e Sérgio Natureza), "It Might as Well be Spring" (R. Rodgers e Hammerstein), "Lady Jane" (Mick Jagger e Keith Richard), "Pra dizer adeus" (Edu Lobo e Torquato Neto), "Evermore" (Ivan Lins e Will Lee", "Photograph (Fotografia)" (Tom Jobim e Ray Gilbert) e "Don't Ever Go Away (Por Causa de Você)" (Tom Jobim e Ray Gilbert).

Em 2003, o disco "Languidez" (Aycha/1980), foi relançado em CD pelo selo Jam Music, a partir de um vinil da época cedido por um fã, já que as fitas originais do disco foram perdidas numa enchente nos anos 1980.

Ao longo de sua carreira, participou da gravação de mais de cem discos de vários artistas, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Hermeto Pascoal, Roberto Sion e Sarah Vaughan.

Além de sua atuação no cenário musical, dedica-se também à literatura, tendo publicado um livro de poemas, "Através das paredes", e dois livros infantis, "Jeguelhinho" e "Bia e Buze", lançados pela editora paraense Cejupe.

Nada Sem Você (Jane Duboc)



Rio de Janeiro/2008.

Jane Duboc e Victor Biglione prestam tributo a Ella Fitzgerald em CD que acabam de lançar.

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